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Boi gordo: arroba passa de R$ 300 nas principais praças de produção e comercialização

Preços disparam e carne também sobe no atacado; para analista da Safras & Mercado, oferta restrita é pilar central desse movimento

O mercado físico de boi gordo voltou a ter preços acentuadamente mais altos nesta quarta-feira (17), com a arroba passando de R$ 300 nas principais praças de produção e comercialização. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, de Safras & Mercado, a oferta restrita é o pilar central desse movimento.

“O volume de animais terminados, prontos para abate, é insuficiente, muito restrito. Assim, o mercado seguirá convivendo com um quadro anêmico de oferta, considerando a entrada tardia de animais de pasto no mercado brasileiro, o que deve ocorrer apenas no final do primeiro trimestre de 2021”, disse Iglesias.

Em relação à retomada das compras de carne bovina brasileira por parte da China, são poucas as novidades. Os preços da suinocultura chinesa seguem reagindo, evidenciando que as estratégias governamentais voltadas ao enxugamento da oferta doméstica e da recuperação do mercado local começam a surtir o efeito esperado.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 308,00 na modalidade à prazo, contra R$ 301,00 na terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300,00. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 304,00, ante R$ 299,00. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$
290,00, ante R$ 280,00. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 307,00 por  arroba, contra R$ 300,00.

Atacado

Os preços da carne bovina seguem subindo no atacado. Os frigoríficos seguem tentando repassar a alta dos preços do boi gordo no preço da carne.

“É importante mencionar que há uma importante limitação neste movimento, considerando a situação da economia brasileira, com o consumidor médio apresentando dificuldades em absorver novos reajustes de determinados produtos”, disse Iglesias.

Além disso, há grande volume de carne bovina represada nas câmaras frias, ainda aguardando uma posição por parte das autoridades chinesas. “Caso o embargo se prolongue, a tendência é que esse estoque seja disponibilizado no mercado interno”, alertou o analista de Safras & Mercado.

Com isso, o quarto traseiro teve preço de R$ 22,50 por quilo, alta de R$ 1,30. O quarto dianteiro atingiu o patamar de R$ 14,25, alta de R$ 0,10. A ponta de agulha teve preço de R$ 14,15 por quilo, alta de R$ 0,15.