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Boi gordo: diferença de preço entre SP e Centro-Oeste diminui, diz Safras

De acordo com a consultoria, o custo elevado para confinar exige a manutenção das cotações em patamar alto, para não desestimular pecuaristas

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A arroba do boi gordo continua cotada a R$ 231 em São Paulo. Foto: Sepaf-MS

Os preços do boi gordo continuaram firmes nesta sexta-feira, 21, nas principais praças de produção e comercialização do Brasil. “A restrição de oferta ficou mais uma vez evidente na região Centro-Oeste, o que tem reduzido o diferencial na base de preços na comparação com o estado de São Paulo”, diz o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

Conforme o analista, o elevado custo para confinar exige a manutenção dos preços do boi gordo em patamar alto. “Uma eventual alteração da curva de preços poderia inibir o confinamento para o último bimestre, período que tradicionalmente é mercado pelo ápice do consumo de carne bovina”, salienta.

Ao mesmo tempo, destaca-se o excelente desempenho dos embarques de carne bovina ao longo do ano, ainda atuando como principal elemento de suporte para a pecuária de corte.

Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 231 por arroba, estáveis. Em Uberaba (MG), continuaram em R$ 230 por arroba. Já em Dourados (MS), permaneceram em R$ 223 por arroba. Em Goiânia (GO), seguiram em R$ 225 por arroba. Em Cuiabá (MT), elevaram-se de R$ 210/211 para R$ 211.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Segundo Iglesias, a reposição entre atacado e varejo é mais lenta neste momento, conforme já era esperado, diante do menor apelo ao consumo durante a segunda quinzena do mês, com o brasileiro médio mais descapitalizado. “A dinâmica mudará na primeira quinzena de setembro, com a entrada da massa salarial na economia”, aponta.

Com isso, a ponta de agulha permaneceu em R$ 13 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 13,60 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 15,60 o quilo.