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Frigoríficos pulam dias de abate por falta de animais

Confira as principais notícias sobre mercado agropecuário, câmbio e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O mercado do boi gordo segue com preços entre estáveis a mais altos. Segundo a Scot Consultoria, no Norte e Nordeste do país os frigoríficos buscam boiadas para completar as escalas de abate para essa semana. Em casos críticos, onde a quantidade de confinamentos é menor, as indústrias estão pulando dias de abate devido a falta de animais.

No geral, o cenário de alta continua. No Tocantins, por exemplo, a cotação da arroba do boi gordo subiu em média 3,3% nos últimos 30 dias.

Em Minas Gerais, o cenário está semelhante e a semana começou com alta em três das quatro praças pecuárias do estado. Nos últimos 30 dias, em média, a alta foi de 2,1%.

No mercado atacadista de carne bovina sem osso, a alta foi de 0,6% na última semana. No mercado externo, em julho os embarques de carne bovina in natura subiram 23% em relação ao mesmo período do ano passado.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 143
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 138
      • Goiânia (GO): R$ 132
      • Dourados (MS): R$ 134,50
      • Mato Grosso: R$ 123 a R$ 128
      • Marabá (PA): R$ 125
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,75 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 143
      • Sul (TO): R$ 128
      • Veja a cotação na sua região

 


Milho

O mercado brasileiro de milho manteve preços firmes nesta segunda-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o ritmo de negócios foi calmo, com poucas ofertas sendo disponibilizadas regionalmente. O produtor segue sem pressa em negociar.

Chicago 

Em Chicago, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT ) encerrou o dia com preços mais altos. O cereal buscou suporte nas preocupações com o clima seco em parte do Centro-Oeste norte-americano, que pode afetar as lavouras.

O fraco desempenho das inspeções de exportação de milho norte-americano limitou a valorização. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as inspeções de exportação norte-americanas de milho chegaram a 1.287.772 toneladas na semana encerrada no dia 2 de agosto.

Na semana anterior, haviam atingido 1.661.593 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 979.006 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 52.774.557 toneladas, contra 53.802.221 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 42
      • Paraná: R$ 37
      • Campinas (SP): R$ 43
      • Mato Grosso: R$ 26
      • Porto de Santos (SP): R$ 42
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 40,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 40,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Agosto/2018: US$ 3,71 (+1,25 cents)
      • Novembro/2018: US$ 3,85 (+1 cents)

Soja

O mercado brasileiro de soja encerrou a segunda-feira com preços de estáveis a mais baixos, com raras exceções, como no Porto de Paranaguá – onde dólar e prêmio sustentaram. A forte queda da oleaginosa na Bolsa de Mercadorias de Chicago apareceu como fator de pressão, que foi amenizada pela elevação do dólar frente ao real. Não houve registro de negócios relevantes.    

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. A tensão comercial entre os Estados Unidos e a China afastou os investidores da ponta compradora.

A notícia veiculada pela imprensa estatal chinesa é de que o país poderia reduzir as importações de soja em grão em 10 milhões de toneladas em 2018. Segundo o Global Times, os pecuaristas chineses estariam procurando fontes alternativas de proteína para a ração animal. Essa redução limitaria a necessidade de importação de soja norte-americana. As informações são da Dow Jones.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 81,50
      • Cascavel (PR): R$ 81
      • Rondonópolis (MT): R$ 76
      • Dourados (MS): R$ 77
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 87,50
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 87,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 86
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 87
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Agosto/2018: US$ 8,77 (-9 cents)
      • Novembro/2018: US$ 8,93 (-8,75 cents)

 


Café

 O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira de preços entre estáveis a mais altos. A movimentação foi razoável, principalmente pela manhã, acompanhando a valorização do referencial nova-iorquino e do dólar. Com as cotações perdendo força em Nova York no final do pregão, a movimentação ficou mais lenta no mercado físico, mas mesmo assim os preços do arábica acabaram subindo em Minas Gerais.

Os investidores já começam a avaliar os possíveis efeitos de uma prolongada estiagem nas principais regiões cafeeiras do Brasil na próxima safra. Segundo eles, um expressivo rally nas cotações futuras poderá se formar nos próximos meses caso a seca persista.

Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da segunda-feira com preços mais altos. O mercado estendeu os ganhos da última sessão, puxado por fatores técnicos depois de ter tocado na quinta-feira nos níveis mais baixos em quase cinco anos diante de produções recorde nas principais origens, Brasil e Vietnã.

Durante a sessão, o contrato com entrega em setembro chegou a superar a linha dos 110 centavos de dólar por libra-peso, mas não teve forças para se sustentar acima dessa importante linha gráfica e psicológica.

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da segunda-feira com preços mais altos. Segundo traders, as cotações avançaram acompanhando a valorização do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures), que estendeu os ganhos da sexta-feira atingir mínimas históricas na quinta-feira.

 

Café no mercado físico – saca de 60 kg

      • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 420 a R$ 425
      • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 425 a R$ 435
      • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 370 a R$ 380
      • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 317 a R$ 320
      • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

      • Setembro/2018: US$ 108,75 (+1 cents)
      • Dezembro/2018: US$ 112,00 ( +0,90 cents)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

        • Setembro/2018: 1.682 (+US$ 20)
        • Dezembro/2018: 1.652 (+US$ 10)

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 0,64%, cotado a R$ 3,7300 para a compra e a R$ 3,7320 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,6930 e a máxima de R$ 3,7340.

A cautela dos investidores com a continuidade das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos fez o dólar subir ante o real, em linha com a valorização da moeda norte-americana
frente à maioria das divisas, apesar de um cenário eleitoral doméstico mais positivo.

O Ibovespa encerrou a segunda com queda de 0,47%, aos 81.050,76 pontos. O volume negociado foi de R$ 7,510 bilhões.

 


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 6

Sul

A atuação de uma massa de ar frio que deixa o tempo aberto em grande parte da região Sul continua. Como o sistema já está se afastando para o oceano, as temperaturas começam a subir gradativamente. À tarde a sensação deve ser mais agradável no Rio Grande do Sul, inclusive em Porto Alegre.

No Paraná, o risco para temporais diminui, mas ainda há muitas nuvens no norte do estado. Entre o Vale do Itajaí e a região metropolitana de Curitiba pode chover fraco e a qualquer momento.

Sudeste

A chuva perde intensidade em grande parte da região, mas ainda são esperadas pancadas volumosas no Rio de Janeiro, especialmente no norte fluminense, no Espírito Santo e no leste de Minas Gerais.

Há risco para granizo no sul de Minas Gerais, na região de Belo Horizonte e no estado do Rio de Janeiro.

Em São Paulo, a chuva ocorre com menor intensidade. Na capital paulista, o céu fica nublado e ocorre garoa ao longo do dia. A condição para chover é menor no centro-oeste e no norte paulistas. As temperaturas seguem baixas na região.

Centro-Oeste

A chuva perde intensidade em Mato Grosso do Sul, mas ainda tem muita nebulosidade pelo estado. Por isso as temperaturas não conseguem subir tanto ao longo do dia.

O tempo fica nublado também no oeste de Mato Grosso. Nas demais áreas, o tempo seco predomina, com temperaturas elevadas.

Nordeste

Os ventos no alto da atmosfera ajudam a formar nuvens carregadas na região do recôncavo baiano e também na faixa que vai de Sergipe até o Ceará. A condição para chover é maior que nos dias anteriores. Mesmo assim, não são esperados elevados volumes de chuva.

No interior nordestino, a condição ainda é de tempo seco e baixos valores de umidade relativa do ar, podendo ficar abaixo do ideal nas horas mais quentes do dia.

Norte

Ainda temos uma condição de tempo seco no Tocantins e no sul do Pará. Nas demais áreas do Norte, a chuva ocorre a qualquer momento, mas sem potencial para volumes expressivos.

As temperaturas seguem elevadas em toda a região.