Margem da indústria termina o ano desalinhada ao cenário de crise

Frigoríficos conseguiram terminar 2016 com margens de comercialização praticamente iguais às de 2015

Fonte: Sistema Faep

Os frigoríficos conseguiram terminar 2016 com margens de comercialização praticamente iguais às de 2015, no entanto, superiores às de 2014. A economia do país recuou quase 8% depois de dois anos de recessão, o desemprego disparou, a inflação acumulou alta de 17% e tudo isso fez o poder de compra da população reduzir significativamente. 

Apesar de todo esse acúmulo de adversidades, no final de dezembro de 2016, as indústrias que fazem a desossa operaram com margem (diferença entre receita e o preço de compra da arroba) ao redor de 25%, a mesma de um ano atrás e quase 8% acima do resultado de 2014, no mesmo período do ano. Na média de 2016, porém, o resultado foi de 18,1% contra 19,2% em 2015. 

No segundo semestre, enquanto a arroba do boi gordo patinava e em algumas praças os preços de referência recuavam, desalinhados com o comportamento normal para o período do ano, mas em linha com os reflexos que a situação econômica trazia à cadeia, a indústria elevava seu resultado de 10%, registrado entre julho e agosto, para os 25% do final de dezembro, quatro pontos percentuais acima da média histórica, segundo a Scot Consultoria.