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Preço do boi gordo cai em cinco praças na primeira semana de outubro

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

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Foto: Henrique Bighetti/Canal Rural

O mercado do boi gordo fechou a primeira semana de outubro mais “frouxo”, de acordo com a Scot Consultoria. Das 32 praças acompanhadas, a arroba se desvalorizou em cinco. Na semana passada, apenas um ponto de negócios registrou recuo nas cotações.

Em São Paulo, as escalas de abate ganharam fôlego devido à melhora da saída do gado confinado e à oferta remanescente de gado sul-mato-grossense.

De olho no feriado de 12 de outubro, quando é comemorado o dia de Nossa Senhora Aparecida, as indústrias paulistas apertaram o pé nas negociações no início da semana. Agora, melhor posicionadas, algumas pararam de comprar e outras aproveitaram para testar o mercado, ofertando valores abaixo da referência.

Em geral, apesar da dificuldade para compor as escalas de abate, a arroba teve pouca firmeza durante o início deste mês em função do lento escoamento da carne bovina.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, o preço do boi casado de animais castrados recuou 1,3% na comparação diária e está cotado em R$ 9,88 por quilo. É o menor patamar das últimas quatro semanas. Os cortes desossados vendidos no atacado também estão em ritmo lento.

Mesmo com menor oferta de matéria-prima, os preços ficaram estáveis nos últimos sete dias. Ilustrando a dificuldade de escoar a produção.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 150,50
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
      • Goiânia (GO): R$ 142
      • Dourados (MS): R$ 146
      • Mato Grosso: R$ 131 a R$ 135
      • Marabá (PA): R$ 137
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,50 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 150,50
      • Sul (TO): R$ 138
      • Veja a cotação na sua região

Soja

A oleaginosa abriu o mês com poucos negócios e preços mistos no Brasil — os recuos predominaram. A queda do dólar pressionou as cotações, mas os preços reagiram na Bolsa de Chicago, limitando o impacto negativo do câmbio na formação dos valores domésticos.

A moeda norte-americana se desvalorizou com a disparada de Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial, o que trouxe tranquilidade ao mercado.

A posição novembro subiu 1,63% na semana, atingindo os melhores patamares desde 22 de agosto. As chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos, com possível atraso no plantio, serviram de pretexto para compras por parte de fundos e especuladores.

Sem a definição de uma tendência, os produtores se retraíram e focaram na evolução do plantio, aproveitando as condições favoráveis. A comercialização também ficou prejudicada no mercado exportador. Os prêmios seguiram firmes, mas com pouco produto disponível e o feriado na China durante toda a semana o mercado perdeu liquidez.

Fechamento

Sexta-feira de preços predominantemente mais baixos. A queda do dólar acabou trazendo pressão sobre as cotações, apesar da alta da oleaginosa na Bolsa de Chicago. O dia mais uma vez foi de fraca movimentação, sem negócios relevantes.

Oferta e demanda

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 79 milhões de toneladas no ano comercial 2019/2020— de fevereiro de 2019 a janeiro de 2020 —, mesmo volume estimado para a temporada anterior. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado pela Safras & Mercado.

A consultoria indica esmagamento de 40 milhões de toneladas em 2019/2020 e de 41,8 milhões de toneladas em 2018/2019, representando um recuo de 4% entre uma temporada e outra.

“Sem um acordo entre EUA e China, as exportações brasileiras de soja devem continuar muito fortes na nova temporada (2018/2019). Tal fato irá ‘enxugar’ a oferta do mercado interno, apertando os estoques, mesmo com a tendência de uma nova safra recorde”, explica o analista Luiz Fernando Roque.

Em relação à temporada 2019/2020, a oferta total de soja deverá cair 1%, passando para 122,298 milhões de toneladas. A demanda total está projetada pela Safras & Mercado em 122,2 milhões de toneladas, com queda de 1%. Desta forma, os estoques finais deverão cair 31%, passando de 142 mil para 98 mil toneladas.

A consultoria trabalha com uma produção de farelo de soja de 30,47 milhões de toneladas, recuando 4%. As exportações deverão cair 22% para 13,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 16,6 milhões, aumento de 5%. Os estoques deverão subir 46%, para 1,177 milhão de toneladas.

A produção de óleo de soja deverá ficar em 7,96 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 620 mil toneladas, com queda de 44% sobre o ano anterior. O consumo interno deve cair de 7,8 milhões para 7,65 milhões de toneladas. A previsão é de recuo de 20% nos estoques para 39 mil toneladas.

Em Chicago

Os contratos futuros negociados na bolsa norte-americana fecharam a sexta, dia 5, com preços em alta. A previsão de clima seco para o cinturão produtor dos Estados Unidos voltou a dar sustentação ao mercado.

Parte do mercado teme que as precipitações atrasem a colheita e possam comprometer os números finais da safra americana. Até o momento, no entanto, os trabalhos evoluem bem e a expectativa é positiva.

O mercado também começa a se posicionar frente ao relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta, dia 11, às 13h.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 88,50
  • Cascavel (PR): R$ 86
  • Rondonópolis (MT): R$ 80
  • Dourados (MS): R$ 84
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 94,50
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 94
  • Porto de Santos (SP): R$ 95
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 94
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

    • Novembro/2018: US$ 8,69 (+9,75 cents)
    • Janeiro/2019: US$ 8,82 (+9,50 cents) 

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 7,40 (2,37%), sendo negociada a US$ 319,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 29,41 centavos de dólar, com baixa de 0,20 centavo ou 0,67%.


Milho

Na Bolsa de Chicago, o grão encerrou o último dia útil da semana com preços predominantemente mais altos. Em sessão volátil, o mercado realizava lucros, mas acabou voltando ao território positivo.

As chuvas registradas na região nos últimos dias foram fortes e atrapalharam as atividades de colheita no cinturão produtor, o que contribuiu para uma valorização semanal de 3,37% na posição dezembro.

Os investidores também entram em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda, que será divulgado na próxima quinta-feira, dia 11, e que poderá confirmar a expectativa de uma safra cheia de milho nos Estados Unidos e no mercado mundial.

Cotações domésticas

A semana foi marcada por inexpressivo fluxo de negócios no mercado brasileiro. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, produtores e consumidores assumiram uma postura bastante cautelosa às vésperas da eleição. “As últimas pesquisas de intenção de voto antes do primeiro turno produziram desvalorização cambial. É importante ressaltar que em caso de segundo turno o mercado ainda vai contar com focos de instabilidade”, comenta.

Acumulado da semana

O mercado brasileiro seguiu com ritmo lento na comercialização. As cotações estiveram pouco alteradas, com a cautela sendo a marca tanto de compradores quanto de vendedores, em relação a volatilidade no câmbio às vésperas das eleições.

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado manteve seu perfil ao longo da semana, com as negociações ocorrendo de maneira bastante pontual, apenas para preencher alguma necessidade mais urgente. “Esse tipo de estratégia deve predominar no mercado até a definição das eleições. A volatilidade cambial seguiu como uma marca para a semana”, afirma.

Exportações

Os embarques brasileiros apresentaram receita de US$ 601,2 milhões em setembro (19 dias úteis), com média diária de US$ 31,6 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 3,423 milhões de toneladas, com média de 180,2 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 175,60.

Na comparação com a média diária de agosto, houve uma elevação de 42,6% no valor médio exportado, uma alta de 43% na quantidade média diária e perda de 0,3% no preço médio. Na comparação com setembro de 2017, houve perda de 30,9% no valor médio diário exportado, retração de 39,1% na quantidade média diária e valorização de 13,4% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 43
      • Paraná: R$ 35
      • Campinas (SP): R$ 39
      • Mato Grosso: R$ 28,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 38,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 37,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

      • Dezembro/2018: US$ 3,68 (+0,75 cents)
      • Março/2019: US$ 3,80 (+0,75 cents)

Café

O mercado brasileiro uma sexta de preços mais altos, puxados pela boa valorização do arábica na Bolsa de Nova York. Internamente, foi um dia bastante movimentado. Houve empresas grandes com demanda por café certificado que entraram pagando acima do mercado. Mas também houve procura por descrições de outros tipos, só que em volume menor negociado.

Nova York

O arábica terminou a sexta com preços bem mais altos. As cotações dispararam novamente diante da queda dólar contra o real no Brasil. Frente a outras moedas, o dólar também está fraco.

Fatores técnicos contribuíram para o movimento positivo, com o mercado se mantendo acima de linhas importantes no gráfico. Cobertura de posições vendidas de fundos e especuladores contribuiu para os ganhos.

Semana em Nova York 

Os preços do café arábica na Bolsa de Nova York, que balizam a comercialização internacional da commodity, tiveram importante recuperação nesta última semana. O mercado viveu sessões
em NY de reação técnica, diante de sinais de que a bolsa estava mesmo sobrevendida e sujeita a correções. Além disso, as recentes baixas do dólar contra o real no Brasil estimularam os ganhos na bolsa.

O mercado vinha trabalhando abaixo de US$ 1,00 a libra-peso em Nova York e sujeito mesmo a correções técnicas. Elas vieram estimuladas pela baixa do dólar contra o real no Brasil. Houve ondas de cobertura de posições vendidas de fundos e especuladores, com realização de lucros.

Mas, nas altas NY foi rompendo resistências e o movimento de alta foi intensificado, com a bolsa chegando a registrar no dia 03 máxima de 110,80 centavos de dólar por libra-peso para dezembro, nível mais alto desde 09 de agosto. Os ganhos não estiveram apoiados em fundamentos, que seguem baixistas. O mundo vive um período de ampla oferta global, com safra recorde no Brasil e
com outras origens chegando ao final do ano com boas safras também.

Na  última quarta-feira, o mercado voltou a cair em NY, dando sinais de ter esgotado esse movimento de recuperação, mas subiu novamente na quinta-feira,  dia 4, embora tenha perdido terreno ao final da sessão.

Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, ao romper a linha de US$ 1,00 por libra-peso no contrato dezembro, a posição ganhou força  técnica e avançou acima das médias mais curtas e da importante referência de 40 períodos. Mas, em meio ao movimento, esbarrou na média de 100 períodos e  perdeu força, o que resultou nas perdas do dia anterior. O mercado não superou a linha de US$ 1,10. 

Barabach indica que o desafio de alta é vencer as resistências de 110 centavos e a média de 100 períodos, o que mudaria efetivamente o status de longo prazo deste movimento. O objetivo de alta é o topo gráfico em 113,50  centavos. “Mas, atenção, pois ao esbarrar na resistência de 100 períodos, o mercado mostrou fraqueza técnica e formou uma figura de reversão no gráfico (estrelacadente), o que abre espaço para correções baixistas”, adverte.

Londres

Na bolsa inglesa, o café robusta encerrou as operações desta sexta-feira, dia 5, com preços mais altos. Segundo traders, as cotações dispararam mais uma vez diante de aspectos técnicos, acompanhando a valorização acentuada do arábica em NY. No balanço da semana, o contrato novembro acumulou uma alta de 6,5%.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

    • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 425 a R$ 430
    • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 430 a R$ 435
    • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 355 a R$ 360
    • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 320 a R$ 325
    • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

      • Dezembro/2018: US$c 108,95 (+2 cents)
      • Março/2019: US$c 112,40 (+2 cents)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

      • Novembro/2018: US$ 1.655 (+US$ 39)
      • Janeiro/2019: US$ 1.662 (+US$ 47)

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana encerrou a semana acumulando baixa de 4,51%, a maior queda desde 11 de março de 2016. O dólar fechou a sexta, dia 5, recuando 1%, cotado a R$ 3,8570 para venda.

O Banco Central encerrou a semana somente ofertando os leilões tradicionais de swaps cambiais, sem nenhuma oferta de venda futura da moeda norte-americana.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o último pregão da semana em queda de 0,76%, com 82.321 pontos. Os papéis das principais empresas, chamadas de blue chip, também acompanharam a queda, com Petrobras encerrando em baixa de 0,25%, Vale em – 2,23%, Itau em desvalorização de 0,34% e Bradesco em queda de 1,49%.


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 8

SUL

O tempo permanece instável em toda região Sul do Brasil, com chuva mais forte concentrada na faixa noroeste gaúcho e oeste dos estados de Santa Catarina e Paraná. Esta chuva será consequência de ventos úmidos que trazem a umidade da Amazônia e influenciam a chuva em toda a região Sul do Brasil. Em algumas regiões, a chuva vem acompanhada por descargas elétricas, rajadas de vento e acumulados mais expressivos. As temperaturas não devem subir muito por conta do tempo fechado, mas faz calor em algumas áreas, principalmente pelo norte do Paraná.

SUDESTE

A chuva fica concentrada em grande parte do Sudeste brasileiro, apenas na faixa norte Minas Gerais é que o tempo permanece seco e sem condição para chuva. Além disso, como os ventos permanecem um pouco mais de norte, as temperaturas ficam mais elevadas, porém sem condição para extremos. Os maiores acumulados permanecem na faixa leste do estado de São Paulo por conta de um sistema de baixa pressão que se forma nos altos níveis da atmosfera e gera áreas de instabilidade. A chuva se espalha pelo sul de Minas Gerais e no estado do Rio de Janeiro em forma de pancadas de chuva isoladas

CENTRO-OESTE

A chuva continua espalhada por quase toda a região Centro-Oeste nesta segunda-feira. Os maiores acumulados ficam concentrados no oeste e leste do Mato Grosso com possibilidade para muitas descargas elétricas e até granizo sob pontos isolados. Nas demais áreas ocorrem pancadas de chuva na parte da tarde sem grandes acumulados e baixas possibilidades para transtornos.

NORDESTE

As condições meteorológicas continuam semelhantes no Nordeste, com tempo mais instável no leste da região e norte, além do sul da Bahia. Apenas na faixa central da região é que o tempo continua seco e com umidade do ar baixa.

NORTE

O tempo segue aberto em uma parte da faixa norte da região, mas chove nas demais áreas, na forma de pancadas, com os maiores acumulados se concentrando na faixa central. O calor continua.