Pecuária

Como fazer o controle eficaz de doenças respiratórias em suínos

Uma abordagem eficaz para o controle dessas doenças é o tratamento metafilático

As doenças respiratórias em suínos representam um desafio significativo para os produtores, com impactos negativos no desempenho dos animais e prejuízos econômicos. Diversos fatores, incluindo agentes virais e bacterianos, como Mycoplasma e Influenza, contribuem para o surgimento dessas enfermidades.

Os impactos dessas doenças no desempenho dos suínos são significativos. Estudos mostram que elas resultam em redução no ganho de peso diário, piora na conversão alimentar, aumento nos custos com tratamentos alternativos e alta morbidade e mortalidade, variando de 10% a 40% e chegando a 20%, respectivamente.

Dentre os fatores envolvidos no surgimento das doenças respiratórias em suínos, destacam-se a ambiência e manejo inadequados, imunidade de rebanho, alta densidade e superlotação, mistura de animais de diferentes origens e qualidade do ar, incluindo níveis de amônia e dióxido de carbono. A fase de transição da maternidade para a creche, momento do desmame dos leitões, é particularmente crítica e requer atenção especial dos produtores.

Uma abordagem eficaz para o controle dessas doenças é o tratamento metafilático. Essa estratégia consiste no uso racional de medicamentos com ação antimicrobiana, como a tulatromicina, que desafia as bactérias que afetam os leitões, principalmente durante o estressante período de desmame. A tulatromicina atua no controle a infecções bacterianas e auxilia na transição da imunidade maternal para a imunidade adquirida.

Um estudo realizado em uma granja no estado do Rio Grande do Sul avaliou os efeitos da tulatromicina aplicada de forma metafilática em suínos entre 19 e 21 dias de idade.

Os resultados foram promissores, com um incremento de 3,3% no ganho de peso diário, redução de 2,5% na conversão alimentar e uma diminuição de 4,6% na taxa de mortalidade, mesmo quando o peso ao desmame era inferior a outro lote. Esses resultados se traduziram em um retorno financeiro significativo para os produtores, representando um ganho de R$ 18.520,35 em peso diário e um valor líquido de R$ 8,32 por leitão com o uso da tulatromicina.

Além da aplicação metafilática, a tulatromicina também pode ser utilizada de forma terapêutica no tratamento de suínos em qualquer fase da criação que apresentem sintomas compatíveis com doenças respiratórias. A dosagem única desse medicamento proporciona até 20 dias de cobertura de proteção.

Diante dos desafios enfrentados pela indústria suinícola, o uso estratégico da tulatromicina de forma metafilática emerge como uma solução eficaz para o controle das doenças respiratórias, garantindo o bem-estar e a saúde dos suínos, além de trazer benefícios econômicos para os produtores.

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