Ao contrário do Japão, que comprará carne suína apenas de Santa Catarina – única área livre de aftosa sem vacinação – a Ucrânia negocia com vários Estados brasileiros.
A Ucrânia suspendeu as compras de carne suína brasileira em 20 de março deste ano, e o motivo, segundo o governo do país, foi a presença da bactéria Listeria em contêineres enviados pelo Brasil. O Ministério da Agricultura do Brasil, entretanto, negou que houvesse contaminação.
Uma das empresas associadas ao Sindicarne, a Coopercentral Aurora Alimentos, de Chapecó, informou ter fechado a venda de pernil, paleta, carré e sobrepaleta para a Ucrânia. O presidente da Aurora, Mário Lanznaster, disse que o país comprador está disposto a adquirir tudo o que a indústria puder fornecer, pois precisa refazer os estoques para enfrentar o rigoroso inverno do leste europeu. A empresa, contudo, informou que não aumentará a produção, o abate, ou o número de postos de trabalho.
Custo de produção aumenta
De acordo com o Sindicarne, se, por um lado, abrem-se novas perspectivas no comércio internacional, por outro, aumentam os custos de produção. A saca da soja de 60 kg está sendo comercializada a R$ 65, e a de milho a R$ 25. Esses são os dois principais insumos da nutrição animal e acompanham cotações internacionais e a valorização do dólar.