Os representantes do setor apresentaram os números das exportações. A venda de carne suína, por exemplo, caiu 24% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. As exportações de aves registraram baixa de 2%. No mercado interno, a disponibilidade do produto caiu 3%.
Empresários do setor atribuem a queda na oferta dos produtos à redução de abates, a instabilidade no mercado externo – no caso das exportações, e alta nos custos de produção. O presidente da Câmara da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos, Erico Pozzer, reclama do valor que estão pagando no farelo de soja, usado na ração animal.
– Hoje, estamos pagando entre R$ 1,200 e R$ 1,300 pela tonelada de farelo de soja. Isso nos leva a uma situação muito complicada. O preço histórico do farelo de soja é entre R$ 700 e R$ 800. Estamos, através da câmara, encaminhando uma solicitação para que o governo e as empresas desenvolvam, principalmente para o próximo ano, alguma política de equilíbrio – disse Pozzer.
A meta para 2013 na venda da carne suína brasileira era de 600 mil toneladas. O país deve comercializar 50 mil a menos. As exigências sanitárias dos principais países compradores ajudaram a comprometer o resultado. Durante a reunião, o chefe geral da Embrapa, Dirceu Talamini, reforçou a importância do país se adequar às boas práticas de produção de carnes.
– Muitas das linhas de pesquisa da Embrapa se mantêm com ênfase em muitos assuntos relacionados à sanidade, tanto de suínos quanto de aves. Sempre será necessário que o governo insista na manutenção do estado sanitário e, principalmente, tentando evitar que doenças sejam instaladas no país – salienta Talamini.
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