Expozebu mostra a variedade das raças zebuínas e suas diferenças

Alguns exemplares são tão semelhantes que fica difícil diferenciar um do outroO Jornal da Pecuária exibe, desde o mês de janeiro no Canal Rural, uma série de reportagens mostrando as diversas raças de gado criadas no Brasil. A maior parte do rebanho do país é formado por animais mestiços de bovinos da espécie bos taurus indicus, mais conhecida como gado zebuíno.

Em todo o país e até mesmo fora, Uberaba é conhecida como a capital do zebu. E não é a toa: foram pecuaristas desta região que trouxeram os primeiros animais que formariam os maiores plantéis do rebanho nacional. No entanto, mesmo em Uberaba, alguns zebuínos são tão semelhantes que fica difícil, para quem não é especialista no assunto, diferenciar um do outro.

Zebu é considerado todo bovino que tem cupim. Os que não possuem, são taurinos, também chamados de europeus. Entre os zebuínos, há várias raças. Entre os três mil animais que estão participando da Expozebu, evento que ocorre em Uberaba, encontramos algumas delas: sindi, o vermelho mais baixo; gir leiteiro e o de dupla aptidão, com cores variadas na pelagem, chifre e cabeça maiores; nelore padrão e o mocho, com orelha bem pequena; brahman, de ossatura mais avantajada; tabapuã que é mocho natural; guzerá, com o chifre todo imponente e o indubrasil, com enormes orelhas.

O jurado da ABCZ, Rubenildo Rodrigues, esclarece algumas das diferenças:

– No Brahman a orelha é maior, a cabeça tem cicratiz de chifre, a cabeça é mais larga; no Tabapuã a cabeça não tem marca de chifre, a orelha é um pouco menor e tem uma reentrância; no nelore, a orelha tem formato de lança e é voltada para a face. A cauda do nelore é mais curta, acima da linha do jarrete; no Tabapuã é na altura do jarrete e no Brahman é abaixo. É um rabo mais cumprido. As vezes sem olhar para a cabeça é possível saber que raça é.

A grande quantidade de animais reunidos em uma feira pode até causar confusão, mas é, sem dúvida, uma chance e tanto para se fazer um exercício de reconhecimento das principais raças que formam a pecuária brasileira.

– Ninguém nasce sabendo. Cada dia que a gente convive com uma raça a gente aprende a diferenciar os animais – completa Rubenildo Rodrigues.

Confira a reportagem do Jornal da Pecuária: