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Febre aftosa: governo do Paraná pede antecipação do fim da vacinação

Em auditoria realizada em janeiro deste ano, o Ministério da Agricultura confirmou que o estado reúne condições para suspender a vacina a partir de março de 2019

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Foto: Seapec

O Paraná deu mais um importante passo em busca do reconhecimento de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. Na última segunda-feira, dia 13, a governadora do estado, Cida Borghetti, encaminhou ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pedindo a suspensão da vacinação contra a doença em maio de 2019. Desta forma, o novo status sanitário do Paraná seria reconhecido na Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, em maio de 2021.

No documento, a governadora ratificou o compromisso de implementar as ações e metas previstas no Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa. Esse plano dividiu o Brasil em cinco blocos regionais para a retirada gradual da vacina, sendo que o Paraná integra o Bloco V, com o Rio Grande do Sul, Santa Catarina (que já é área livre de febre aftosa sem vacinação), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esse bloco, de acordo com o cronograma estabelecido pelo PNEFA, só se tornaria livre da vacinação em 2023. Porém, o Paraná reúne condições de obter o reconhecimento antes.

“Encaminhamos ao ministro da agricultura o ofício, que é uma tratativa para que a suspensão da vacinação no Estado possa ocorrer a partir de maio de 2019 e manifesta o compromisso de implantar as metas previstas no PFEFA. É preciso avançar nesta discussão tão importante. O setor é de extrema importância para que possamos construir de forma madura, transparente e que atenda as demandas do setor para obtermos o reconhecimento da OIE”, destacou a governadora do Estado.

Auditoria realizada pelo Mapa, em janeiro, confirmou que o estado reúne condições, considerando os programas, estrutura, capacidades técnica, financeira e administrativa do serviço de vigilância da sanidade agropecuária, para suspender a vacinação a partir de março de 2019 e obter o reconhecimento de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação pelo Mapa em 2020 e junto à OIE em 2021. “Fazer parte do Bloco V para retirar a vacina não é estratégico para os produtores paranaenses, pois o Estado já tem todas as condições técnicas para isso. O pleito da FAEP e outras tantas entidades do setor é que o Paraná siga, de forma independente, o mesmo cronograma do Bloco I, que seria reconhecido como área livre da doença sem vacinação em 2021”, destaca o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.

O reconhecimento como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação colocará o Paraná em outro patamar global como fornecedor de proteínas animais. A partir da conquista deste novo status sanitário, o Estado poderá buscar novos mercados que pagam mais pela qualidade da carne. Apesar da espécie vacinada contra a febre aftosa ser a bovina, os impactos se refletirão em todas as cadeias de proteínas animal e vegetal, principalmente na avicultura e suinocultura, atividades nas quais o Paraná é tido como referência nacional e mundial na produção, tanto na qualidade como na quantidade.

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