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Frigoríficos investigados podem vender no mercado interno, diz Maggi

De acordo com ministro, comercialização doméstica será feita sob regime especial de fiscalização; ele afirma que, se necessário, pode endurecer reação a países que bloquearem importações de carne brasileira

Fonte: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira, dia 20, que os frigoríficos investigados pela Operação Carne Fraca não poderão exportar, mas continuam autorizados a vender ao mercado doméstico sob um regime especial de fiscalização. Mesmo com os problemas mencionados pela investigação, o ministro reafirma a confiança na carne brasileira e lembra que o sistema de fiscalização do Brasil não foi quebrado e o problema foram algumas pessoas. 

Ao lembrar que a investigação levou dois anos e casos reportados no caso se referem muito provavelmente a produtos que não estão mais no mercado, Maggi explicou que os frigoríficos investigados estão passando por um processo especial de investigação e poderão continuar vendendo ao mercado doméstico, o que deve prevalecer por pelo menos três semanas. “O consumidor pode consumir com tranquilidade o produto brasileiro”, disse em entrevista na portaria do Ministério. 

Para o ministro, não há nenhuma preocupação para o consumidor brasileiro,  que continua sendo protegido pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura. “O SIF não está sob suspeita. O que está sob suspeita são as pessoas”, disse o ministro. “Espero deixar o assunto circunscrito aos 21 frigoríficos citados na investigação.”

Quando há problema, frigoríficos podem fazer um recall da carne – com a retirada do produto do mercado. Essa solução foi adotada pela BRF, que está retirando lotes com o selo de inspeção “SIF 1010”. Maggi disse ainda que o ministério está colhendo amostras de carne nos supermercados e, caso encontre problemas, vai recomendar a retirada das mercadorias. 

Maggi fez questão de frisar que toda a preocupação do Ministério da Agricultura diz respeito à sanidade dos produtos brasileiros. “A corrupção é uma questão da Polícia Federal”, disse Maggi. “Não vamos nos contrapor à ação da Polícia Federal”, disse.

Reação

O ministro disse ainda que teve autorização do presidente Michel Temer para que, se for necessário, endurecer na reação aos países que vierem a bloquear as importações de carne brasileira. “Comércio é assim, às vezes tem cotovelada”, comentou. “Se tiver de ter uma reação mais forte, farei com toda tranquilidade.” 

Maggi fez o comentário ao falar sobre uma hipótese de embargo da carne brasileira pelo Chile (o país fez um comunicado ao Brasil, mas não está clara ainda sua extensão). O ministro lembrou que o Brasil é grande importador de produtos chilenos também.

Potencialmente, todos os 33 países que compraram carne dos 21 estabelecimentos alvos da Carne Fraca podem pedir informações, admitiu o ministro. Seria algo natural, comentou. A concretização de uma suspensão total por esses países e blocos econômicos seria um “desastre”. “Eu torço, rezo, penso e trabalho para isso não acontecer”, afirmou. As reações até o momento têm mostrado que os países, até o momento, têm buscado informações técnicas antes de reagir. “Ontem eu estava preocupadíssimo; hoje estou preocupado”, comentou o ministro. 

Desastre

Maggi considerou que os efeitos do embargo à exportação de carne brasileira podem ser desastrosos para a economia do país. “Se todos os países interromperem a importação, será um desastre”, disse o ministro, que, no entanto, minimizou os efeitos da operação em relação ao consumo no Brasil. Maggi anunciou um esquema especial de fiscalização para produtores de carne.

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