A J&F Investimentos comunicou nesta quarta (29), em Riade, que a JBS, empresa da qual é acionista controladora, estuda novos investimentos em suas operações na Arábia Saudita.
O anúncio foi feito pelo empresário Wesley Batista em seminário promovido pelo governo brasileiro no país. A J&F atua hoje nos setores de mineração, celulose, energia, serviços financeiros e alimentos.
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“A JBS tem duas operações na Arábia Saudita: uma fábrica em Damman e outra unidade em construção em Jeddah. Temos recentemente visitado o mercado e olhado com uma visão de que existem oportunidades. A cada dia nos interessamos mais em explorar a possibilidade de fazermos investimentos muito mais relevantes do que vínhamos pensando no passado”, afirmou Wesley Batista no fim de uma mesa redonda sobre investimentos entre os dois países.
“Nós realmente precisamos ver mais picanhas na Arábia Saudita”, comentou o diplomata e representante do ministério de Investimentos local, Abdulrahman T. Bakir, que conduziu os trabalhos.
Relações entre Arábia Saudita e Brasil
A Arábia Saudita é a maior economia do Oriente Médio e o principal parceiro comercial do Brasil na região – as transações bilaterais foram de mais de US$ 8 bilhões em 2022 e somaram mais de US$ 5,5 bilhões até outubro deste ano.
Além disso, o Brasil é o principal exportador global de proteína halal, como são chamados alimentos que, em todo o processo, contam com ingredientes sem produtos proibidos para o consumo de muçulmanos e que são processados segundo preceitos dessa religião.
“O setor de alimentos é a nossa principal área de cooperação, com investimentos para criar segurança alimentar no nosso país e integrar nossos esforços de tornar a Arábia Saudita um hub global no setor” , afirmou o ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih.
Com mais de 30 anos de experiência na exportação de frangos para a Arábia Saudita, a JBS uma das empresas controladas pela J&F, abriu recentemente uma unidade de processamento em Dammam, com cerca de 250 colaboradores e capacidade de produzir cerca de 10 mil toneladas por ano.
Também mantém uma estrutura de distribuição própria com oito centros de distribuição no país e está construindo uma segunda unidade em Jeddah, que deve ficar pronta em meados do próximo ano. É um investimento de US$ 50 milhões, que vai gerar cerca de 500 empregos e terá a capacidade de produzir 40 mil toneladas por ano, quadruplicando a capacidade de processamento da empresa no país.
“Eu quero dizer que estou muito otimista com o Brasil e, logicamente, com a capacidade do país para ser um parceiro estratégico da Arábia Saudita. Nós temos visto os esforços do governo daqui para atração de investimentos. É impressionante o que está acontecendo neste momento na Arábia Saudita” , afirmou Wesley Batista.
