? Acho que esse tema dos índices de produtividade já foi superado. Tenho certeza que o presidente Lula, após ver a reação do setor na imprensa e, bem aconselhado pelo ministro Reinhold Stephanes (Agricultura), não mais vai insistir nesse assunto ? comentou Kátia.
A senadora acredita que o presidente se convenceu da tese dos produtores de que é inadmissível exigir mais produção sem reformular o sistema de crédito.
? Além disso, outros setores não são penalizados por produzir bem em um ano e diminuir no outro ? afirma a presidente da CNA.
Código Florestal
Outro tema que tem consumido a agenda da senadora é o Código Florestal que está em vigor e, a partir de dezembro, exigirá que produtores a criação de reservas legais. No Rio Grande do Sul, cada propriedade terá de ter 20% da sua área sem cultivo, protegida por questões ambientais. E mais, nessa porcentagem, não estariam incluídas áreas de preservação ambiental permanentes.
? É descabido, no RS, por exemplo, nunca houve a necessidade de reservas legais. O que querem? Que o produtor deixe de plantar onde planta hoje? Sim, porque se ele não fizer isso, em dezembro, sua propriedade estará fora da lei. Ele passará a ser um criminoso ? desabafa.
A senadora confirmou que a CNA já possui uma proposta a ser encaminhada ao governo. Projeto que está calçado em quatro pontos: zero de desmatamento na Amazônia, remuneração financeira aos produtores que preservarem parte do bioma local em sua propriedade, definição estadual e não federal de como deve ser preservadas as matas ciliares e os rios, e legalização da atual área destinada à produção de alimentos.