Os preços dos derivados lácteos no Brasil subiram em outubro, após cinco meses consecutivos de queda.
O leite UHT e o leite em pó foram os produtos que registraram as maiores altas, com variações de 11,7% e 10,8%, respectivamente.
As informações são da Embrapa Gado de Leite.
Notícias Relacionadas
O mercado de queijo muçarela e leite spot, por outro lado, segue com preços deprimidos.
As importações continuaram elevadas em outubro, o que tem dificultado preços mais firmes no mercado interno.
No mercado internacional, os preços dos derivados lácteos também subiram, com novas valorizações nos leilões GDT.
Apesar do movimento de alta no mercado atacadista, o preço do leite ao produtor segue em queda.
As sinalizações dos Conseleites, para o pagamento do leite entregue em outubro, indicaram para um novo recuo nos preços ao produtor.
Os fatores que explicam a queda do preço ao produtor são:
- Aumento da oferta interna: A captação nacional de leite avançou em outubro, e as importações ainda são elevadas.
- Consumo interno muito sensível ao preço: Os consumidores são sensíveis às variações de preço do leite, o que pressiona para baixo os preços ao produtor.
- Margem do pecuarista apertada: O aumento dos custos de produção tem reduzido a margem de lucro do pecuarista, o que também contribui para a queda do preço ao produtor.
Milho e soja sobem, boi gordo recupera, mas mercado pecuário ainda sem tendência
Os preços de milho e farelo de soja também subiram em outubro, puxados pela taxa de câmbio e condições climáticas. O plantio da safra de verão segue mais atrasado no Centro-Oeste devido ao baixo volume de chuvas.
No mercado pecuário, o cenário foi de recuperação no preço do boi gordo, com menor oferta de animais para abate e frigoríficos pagando um pouco mais pela arroba. No entanto, o mercado encontra-se ainda sem tendência, com preços oscilando bastante e consumo fraco.
