O valor médio que os pecuaristas de Mato Grosso vão ter que desembolsar para adquirir cada dose da vacina contra a febre aftosa é de R$ 1,53. O preço sofreu reajuste de 25,5% em relação ao que era praticado na etapa de novembro de 2010, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Isso significa que para vacinar o rebanho estimado em 29 milhões de animais, os produtores irão gastar algo em torno de R$ 44,370 milhões. Quase R$ 9 milhões a mais que na mesma época do ano passado. O setor contestou o aumento, que foi bem superior à valorização da arroba no período.
Segundo o superintendente Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, no último ano a arroba aumentou 5% e a vacina mais de 25%. Para ele não existe explicação técnica para isso, o que existe é uma estratégia dos laboratórios.
Apesar das reclamações, os pecuaristas estão conscientes da importância de manter o rebanho protegido contra a doença. Tanto que nas últimas etapas de imunização os índices de cobertura vacinal espontânea, ou seja, que não dependem da cobrança do órgão de defesa sanitária animal, passaram de 99,7%.
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? Este é o grande desafio, o produtor continuar mostrando o seu comprometimento com a sanidade animal ? afirma Vacari.
Além da conscientização do homem do campo, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) vai manter o reforço na região de fronteira com a Bolívia. O país registrou o último foco da doença em 2007 e tem um rebanho de, aproximadamente, sete milhões de bovinos. Por isso, a maior atenção quando o assunto é defesa sanitária animal.
? São 18 equipes de técnicos na fronteira e a vacinação nas propriedades de fronteira é acompanhada pelos técnicos do Indea ? ressalta o diretor-presidente do Indea, Valney Corrêa.
Os pecuaristas de Roraima concluíram a vacinação do rebanho nessa segunda, dia 31. Já em Rondônia e no Amapá os trabalhos começaram no dia 15 de outubro, e seguem até os dias 15 e 30 de novembro respectivamente. Em Santa Catarina não há campanha de imunização, já que o Estado é o único no país considerado área livre de febre aftosa sem vacinação.
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