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Pescadores do RS afetados por piranhas vão receber auxílio de R$ 1.000

Segundo o prefeito de General Câmara (RS), os pescadores vão receber duas parcelas de R$ 500 pelos próximos dois meses

Os pescadores de General Câmara (RS), que perderam renda por causa da invasão das piranhas no Rio Jacuí vão receber um auxílio no valor de R$ 500 pelos próximos dois meses. O anúncio foi feito nesta sexta, 7, pelo prefeito Helton Barreto. A verba de auxílio virá de uma emenda parlamentar de R$ 100 mil destinada pelo deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS).

“O valor será destinado exclusivamente para os pescadores que só possuem esta fonte de renda. Nossa ajuda é para deixar os pescadores mais tranquilos na questão econômica, até iniciarmos as tratativas com o governo e Ibama para saber o que vamos fazer com essa evasão biológica no Rio Jacuí”, diz o prefeito no vídeo (Confira abaixo).

Ainda de acordo com Barreto, o cadastro dos pescadores que desejam receber o auxílio começa a ser feito na próxima terça, 11, na secretaria de agricultura do município. Um levantamento feito pela prefeitura indica que ao menos 70 profissionais do municípios foram prejudicados pelo ataque das piranhas.

Entenda o drama dos pescadores

A presença de piranhas vermelhas no Rio Jacuí está assustando pescadores do Rio Grande do Sul. De acordo com Maurício Vieira de Souza, analista ambiental do Ibama no Rio Grande do Sul, a espécie palometa é invasora e o resultado dessa interação com os peixes nativos é imprevisível.

“Estamos enfrentando problemas de invasão biológica da palometa, que é uma espécie nativa da bacia do rio Uruguai. Essa invasão tem trazido preocupação para comunidade de pescadores da região, mas ainda não se sabe a extensão do problema”, disse.

Para fazer uma análise mais profunda, ele pede ajuda de todos que tiverem contato com o animal. “Solicitamos que pessoas que tiverem contato com esse animal encaminhe as informações ao Ibama ou secretarias do meio ambiente, seja do município ou do estado, para que a gente enxergue o tamanho do problema”, completou.

De acordo com Maurício, esse tipo de invasão é difícil de ser eliminada. “Geralmente, temos que nos acostumar a conviver com essas espécies, por mais que cause transtornos. No caso da piranha, ainda não sabemos o quanto está consolidada essa invasão. E também não sabemos qual será o comportamento desses animais a médio e longo prazo. A tendência é que comecem com uma explosão populacional, mas com o tempo elas entrem em equilíbrio com o ambiente, de forma menos agressiva”, disse.