O preço líquido, sem frete e impostos, teve média de R$ 0,9995/litro, valor 6,11% maior que o do mês passado e 7,77% superior ao de março de 2013, em termos reais (deflacionado pelo IPCA de março/14). As médias são ponderadas pelo volume captado nos Estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo em março.
Com a menor produção, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) recuou 3,85% de fevereiro para março. De acordo com o Cepea, mesmo com a ocorrência de chuvas em parte do Centro-Sul, estas não foram suficientes para recuperar áreas de pasto afetadas anteriormente pela seca. Além disso, desde março, as pastagens do Centro-Oeste e Sudeste estão menos produtivas e as vacas em lactação são secas, para que possam se preparar para a próxima parição.
Como o Sul do país tem a entressafra adiantada quando comparado às demais regiões, os Estados da região registraram queda maior na captação de leite em março, de 8,46% no Paraná, 7,66% no Rio Grande do Sul e 4,12% em Santa Catarina.
• Veja as cotações de leite para diferentes regiões
Tendência
Para os próximos meses, laticínios e cooperativas sinalizaram ao Cepea estabilidade de preços. Agentes afirmam que o mercado consumidor não absorveu os preços em altos patamares dos derivados. Segundo analistas, tal cenário pode limitar novas altas nos preços pagos ao produtor, mesmo com a menor oferta de matéria-prima.
As cotações dos derivados também subiram em abril. Na média mensal do atacado do Estado de São Paulo até o dia 29, o leite UHT e o queijo mussarela se valorizaram 3,30% e 1,97% em relação a março, com média de R$ 2,18/litro e R$ 12,32/kg, respectivamente.