O clima seco que atinge os Estados do Nordeste e do Sul do país puxa os preços para cima nessas regiões. No Paraná, a média foi de R$ 0,8347/litro, alta de 0,1% ante o mês anterior, enquanto no Rio Grande do Sul o preço subiu 0,2%, para R$ 0,8519/litro. Já em Santa Catarina houve queda de 0,3%, a R$ 0,8191/litro.
Na Bahia, o preço médio de maio avançou 9% para R$ 0,8475/litro, por causa da seca, que afetou as pastagens. No Ceará, o valor bruto médio foi de R$ 0,8706/litro. Segundo fontes do setor, a expectativa é de alta de preços em virtude da escassez de oferta da matéria-prima.
O maior preço pago aos produtores pelo leite em maio foi observado novamente em Goiás, a R$ 0,9169/litro, alta de 0,5% ante o pagamento de abril. Em Minas Gerais, maior produtor, houve alta de 1%, com o preço médio a R$ 0,8916/litro.
Apesar do momento de entressafra, a expectativa da maior parte dos compradores de leite consultados pelo Cepea é de queda dos preços ao produtor no próximo mês, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste. O principal motivo é a redução da margem de lucro das indústrias e cooperativas, por causa do aumento do preço da matéria-prima nos últimos meses e da relativa estabilidade dos valores dos derivados no segmento atacadista. Segundo o Cepea, a concorrência de produtos importados também contribui para a redução dos valores.
O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) registrou ligeira queda de 0,5% entre março e abril. O cálculo é feito com base na variação da captação média diária no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. A principal redução foi verificada em Santa Catarina (quase 8%), seguida pela Bahia (recuo de 5,4%). O índice geral de abril teve aumento de 4% em relação a abril de 2011.