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Preços caem e situação dos pecuaristas se complica

"Para os frigoríficos exportadores o foco segue em toda a operação logística envolvida no embargo voluntário em relação a China, com remanejamento dos abates", pontua especialista

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais baixos nesta sexta-feira. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, os abatedouros continuam tentando realizar compras a preços abaixo da referência média.

“Para os frigoríficos exportadores o foco segue em toda a operação
logística envolvida no embargo voluntário em relação a China, com
remanejamento dos abates. Diversas unidades optam por reduzir a capacidade de produção, aguardando a retomada das compras chinesas. Para o pecuarista o cenário também é complicado, considerando que a oferta de animais no momento é de confinamento. A manutenção desses animais confinados representa importante adicional de custos, que por sua vez vai resultar em encolhimento da margem operacional”, analisa Iglesias.

Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou R$ 302 a R$ 303 na modalidade à prazo, ante R$ 304 a arroba na quinta-feira (23). Em Goiânia (GO), a arroba recuou de R$ 290 para R$ 287. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 301 a R$ 302.

Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 283, estável. Em Uberaba, (MG), preços a R$ 300, contra R$ 302.

Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. “Este é mais um sintoma que a carne estocada nas câmaras frias e nos portos ainda não foi ofertada no mercado doméstico, caso isso aconteça os preços desabariam, o que resultaria em uma nova rodada de pressão sobre os preços do boi gordo”.

Ponta de agulha também permanece precificada a R$ 16,30, por quilo. Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,50, por quilo.