Produtores de leite usam ultrassom para aumentar produtividade em São Paulo

Equipamento é levado às propriedades por meio do projeto Cati/leiteO uso de um equipamento ainda pouco acessível para a maioria dos produtores rurais brasileiros tem auxiliado no aumento da produtividade dos rebanhos e da qualidade do leite em São Paulo. Um ultrassom, usado para realizar exames nos animais, é a nova ferramenta dos profissionais que trabalham no projeto Cati/leite. A iniciativa, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, da Secretaria Estadual de Agricultura, prevê o aumento da produtividade da pecuária leiteira no Estado. Conforme o coor

? O pequeno produtor pode tirar leite com rentabilidade, que é o mais importante. Porque tirar leite e produzir já não é mais um conceito válido. Você pode produzir. Mas a que custo? Então, o mais importante do programa é que se está produzindo e ganhando dinheiro. Se torna viável ? explica.

O zootecnista Emanuel Haddad é um dos profissionais que levam o equipamento às propriedades para a realização dos exames. Ele explica que, a partir da realização do procedimento, se pode programar melhor a reprodução dos animais e aumentar a produtividade.
 
? Não foi uma, nem duas propriedades que pegamos com produção de 50, 100 litros e hoje já passam de 200 ? relata.

A família da produtora Lucrécia Giomo está cadastrada no programa há quatro anos e, conforme a agricultora, dobrou o número de cabeças. Atualmente, conta com 30 vacas em lactação. A produção de leite, que era de 70 litros por dia, passou para 450 litros. Ela conta que aprendeu  a fazer o manejo correto do gado e investiu na alimentação, na qualidade do leite.

? Nós fizemos os piquetes lá também, ajudou bastante. Fizemos cilos, tratamos das vacas certinho. Então melhorou muita coisa ? comemora.

O projeto agora tem foco na reprodução dos animais. Identificar as vacas prenhes permite a otimização do trabalho, uma vez que não será necessário inseminá-las. O exame com ultrassom indica também os casos de infertilidade, ou de animais que podem ser inseminados.

O procedimento é realizado em pouco mais de cinco minutos em cada animal.  O produtor Edivaldo Giomo aponta que o ganho financeiro é significativo.

? Sabemos que a vaca está prenhe antes mesmo de saber sobre o cio. Isso ajuda muito na questão financeira. É lucro. É investimento, não é tempo perdido ? diz.