No quadro Canal Rural Responde, o telespectador Carlos Fagundes, de Mandirituba, no Paraná, perguntou qual tipo de freio ou bridão deve ser utilizado nos cavalos da raça mangalarga marchador. Embocaduras são equipamentos de extrema importância no controle, na segurança e na aplicação correta das técnicas de equitação. A escolha entre o bridão e o freio auxiliam a formação e o trabalho do cavalo. O especialista Roberto Coelho Naves, membro da Escola Nacional de Árbitro da Associação Brasileira de Cavalos Mangalarga Marchador, explica as diferenças entre os dois.
– O bridão tem uma embocadura com uma única argola em que se prende, ao mesmo tempo, a rédea e a cabeçada. Já o freio tem argolas distintas; em uma argola se prende a cabeçada e em outra argola, a rédea. Isso, consequentemente, vai gerar efeitos totalmente diferentes no cavalo – explica Naves.
Freio e bridão têm características próprias que resultam na maior ou menor intensidade de sua ação. Por isso, cada um deles deve ser utilizado em fases diferentes do adestramento do animal. De acordo com Naves, o bridão é utilizado na fase inicial – ou doma – por ter a embocadura mais leve e gerar uma ação mais suave. O bridão pode ser utilizado durante todo o adestramento básico, quando o cavalo passa a aprender figuras mais evoluídas. Já o freio é utilizado apenas em condições específicas, como, por exemplo, quando não aceitar o flexionamento da nuca pelo bridão.
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A transição de uma embocadura para outra não demanda muitos critérios. O fundamental é que ocorra de forma suave e que o cavaleiro não espere respostas imediatas e precisas. Fora isso, basta perceber se o cavalo tem algum tipo de resistência ao uso do bridão para que se opte pelo freio.
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