Em teleconferência com a imprensa, direto da Rússia, Mendes Ribeiro reiterou, no entanto, que está otimista. De acordo com a autoridade, o governo brasileiro aproveitará a missão técnica russa à Argentina e ao Chile, na próxima semana, para aprofundar discussões sobre novas avaliações de frigoríficos no Brasil. Na segunda, dia 2, o ministro se encontrará com o chefe do serviço sanitário russo, Sergey Dankvert, em Buenos Aires.
– A Rússia contesta algumas posições que gradativamente vêm sendo vencidas, mas têm confiança na qualidade dos produtos brasileiros – afirmou.
Segundo Mendes, a ministra russa teria argumentado que a relação entre os dois países passa por uma questão importante, que é a venda do trigo. Ela teria ponderado sobre a importância do mercado brasileiro para o cereal russo. Mendes Ribeiro pretende colocar o assunto em discussão na próxima reunião do Mercosul, prevista para os dias 16 e 17 de abril, pois a questão afeta a Argentina, principal fornecedor de trigo para o Brasil.
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Atualmente, há 48 plantas brasileiras autorizadas a exportar para a Rússia, sendo 29 de carne bovina, quatro de carne suína e 15 de carne de aves. Outras 91 que figuram na lista de aprovadas pela União Aduaneira estão embargadas com restrições temporárias.
O ministro retorna ao Brasil nesta sexta, após uma semana de viagem pelo continente europeu. Ele está acompanhado em Moscou por uma comitiva formada pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu (PSD-TO); o diretor executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec), Fernando Sampaio; o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Ubabef), Francisco Turra; o diretor da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Fábio Trigueirinho; o presidente demissionário da União da Agroindústria da Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank; e o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias.
