CARGA TRIBUTÁRIA

RS: setores da agropecuária mostram preocupação com aumento de tributos

Entidades do estado, incluindo setores de avicultura, suinocultura e bovinocultura de corte, argumentam enfrentar cenário de fragilidade

rebanho bovino furto de gado rio grande do sul
Foto: Fernando Dias/Seapdr

Representantes de diversos setores produtivos do Rio Grande do Sul expressaram forte preocupação em relação às recentes medidas governamentais que resultaram no aumento da carga tributária no estado.

Em um comunicado conjunto, entidades como O.A/RS (Asgav/Sipargs), SIPS, SICADERGS e ACSURS, que abarcam mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, destacaram os impactos negativos, em suas visões, dessas medidas.

Os setores de avicultura, suinocultura e bovinocultura de corte, representados por essas entidades, enfrentam um cenário de fragilidade devido a uma série de fatores.

A pandemia exigiu investimentos expressivos para manter a produção, enquanto a valorização dos insumos para ração animal e três estiagens consecutivas prejudicaram a disponibilidade de grãos no estado.

Além disso, a instabilidade econômica nacional, a entrada de alimentos de outros estados no mercado do Rio Grande do Sul e os impactos de desastres naturais como ciclones e cheias também afetaram esses setores.

Os decretos estaduais, especificamente os números 57.365, 57.366 e 57.367, que resultaram no aumento das alíquotas do ICMS ou na redução de incentivos fiscais, preocupam as entidades.

Elas argumentam que tais medidas aumentarão significativamente a carga tributária das empresas, afetando diretamente a geração de empregos e elevando os preços de alimentos essenciais para a população.

Diante desse cenário, as entidades solicitaram uma reavaliação das medidas adotadas pelo governo estadual.

Elas buscam previsibilidade, estabilidade e credibilidade para continuarem investindo no Rio Grande do Sul, destacando a importância de medidas que visem a recuperação da competitividade, atração de investimentos e melhoria das condições logísticas para os setores produtivos.

O comunicado foi emitido pelas entidades O.A/RS (Asgav/Sipargs), SIPS, SICADERGS e ACSURS.