Eleições

Abrapa fala sobre as expectativas para o próximo governo

Dirigentes do setor apontam as pautas prioritárias do setor para os próximos quatro anos; Abrapa é a quarta da série que será exibida toda quinta-feira nos telejornais Mercado & Cia e Rural Notícias

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De olho nas eleições de 2022, o Canal Rural lançou uma série especial de entrevistas com representantes de entidades do agro.

O conteúdo tem foco nas pautas prioritárias para o agronegócio, apontadas pelos dirigentes do setor, para os próximos quatro anos.

Toda semana, sempre às quintas-feiras, as entrevistas serão exibidas nos telejornais Mercado & Companhia e Rural Notícias.

A entrevista desta quinta-feira (23) é com o presidente da presidente Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato.

Expectativas

“Nós enxergamos 4 pontos como prioridades, o primeiro é segurança jurídica, para os produtores e para suas propriedades. O segundo é não permitir a tutela do meio ambiente, quer seja por órgãos do governo ou por conselhos, que ditam normas e que depois viram leis, ou de outros países que querem nos impor regras, que eles próprios não cumprem. O terceiro item é a logística, o Brasil tem uma logística lenta e cara e isso tem nos prejudicado na competitividade, com os outros países. Então nós precisamos melhorar mais ainda essa questão. E o quarto item é diminuir a dependência que a agricultura tem de importar, os produtos agrícolas, nós precisamos produzir os nossos insumos aqui no Brasil para garantir, as nossas lavouras”. 

Insegurança jurídica

“Não é aceitável que aconteça o que aconteceu no passado, de que uma família de produtores, depois de estar 30, 40, 50 anos produzindo em sua propriedade, seja desalojada, retirada de sua propriedade por qualquer motivo que for. Como também as invasões que aconteciam nas propriedades, que deixavam os produtores preocupados. O produtor precisa ter paz, ter tranquilidade, para fazer a função que a ele foi destinada, que é cuidar do seu negócio, produzir alimentos, gerar riqueza, gerar emprego para o Brasil”. 

Questões ambientais  

“Não é no Ministério do Meio Ambiente, é de um forma geral. São normativas que foram criadas por conselhos, ou por órgãos federais, que realmente prejudicam e atrapalham a agricultura brasileira. Bem como as imposições que os outros países querem colocar para os agricultores brasileiros e que não é imposta para nenhum outro país. Nós temos que tomar cuidado, o que nós precisamos é cumprir 100% com o Código Florestal Brasileiro, que não agradou os produtores, não agradou quem defendia o meio ambiente, mas que tem um equilíbrio muito grande e por isso ele é muito bom”. 

Logística

“Infelizmente o Brasil adotou o modelo errado de logística, nós adotamos o modelo rodoviário e levar commodities de caminhão só é mais barato do que levar de avião, nós precisamos de ferrovias, nós precisamos de hidrovias, nós precisamos de melhoria e uma maior dinâmica dos nossos portos”. 

Fertilizantes

“Nós precisamos dar mais incentivo para que empresas venham se instalar no Brasil, para que a gente possa explorar as jazidas que nós temos, tanto de fósforo, como de potássio, e investir na indústria do nitrogênio também. Dessa forma nós podemos ficar de uma forma mais confortável”. 

Futuro 

“Nós produtores de algodão, ao longo do tempo, viemos criando uma tecnologia e um sistema de produção que realmente nós da produtividade e sustentabilidade. Junto com a nossa escala de produção, com certeza vai levar o Brasil em um curto período de tempo, ser o maior exportador mundial de algodão e em um período um pouco maior, o maior produtor mundial de algodão”.