Política

Governo vai reencaminhar 8 nomes para o conselho da Petrobras

Ministério das Minas e Energia garante "que não constatou os supostos impedimentos apontados pelo comitê de elegibilidade"

Em novo episódio de atrito entre o governo federal e a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou na noite de quarta-feira (20), que vai reencaminhar à companhia a lista com os mesmos oito nomes inicialmente indicados pelo governo para o conselho de administração da estatal. Na semana passada, dois integrantes dessa lista foram reprovados pelo comitê de elegibilidade (Celeg) da empresa, orientação acatada pelo atual conselho.

“Não constatou os supostos impedimentos apontados pelo comitê de elegibilidade da Petrobras”

“O Ministério das Minas e Energia informa que não constatou os supostos impedimentos apontados pelo comitê de elegibilidade da Petrobras, por não encontrarem o necessário respaldo legal. Consequentemente, reencaminhará os mesmos nomes, já indicados em 21 de junho de 2022”, diz o comunicado.

No fim da tarde da última segunda-feira (18), a Petrobras confirmou que seus atuais conselheiros validaram integralmente, em reunião, as análises do Celeg em relação aos nomes indicados pela União e pelos acionistas minoritários para o futuro conselho de da companhia, a ser ratificado em assembleia geral extraordinária convocada para 19 de agosto.

Dupla recusada pelo comitê da Petrobras

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Foto: Agência Petrobras

Com isso, o conselho corroborou a rejeição do Celeg a duas indicações do governo: Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro, número dois da Casa Civil, e do procurador-geral da Fazenda, Ricardo Soriano de Alencar. A indicação de ambos ao conselho da Petrobras fere a Lei das Estatais e as regras internas da companhia, que veda indicações políticas e possíveis conflitos de interesse. Os demais nomes indicados pela União para o Conselho da empresa foram aprovados.

Assim, embora tenha indicado oito nomes para ocupar os assentos a que tem direito no órgão, a rejeição de dois nomes faria a União chegar a AGE com seis candidatos para ocupar justamente as seis cadeiras que possui hoje no colegiado, sem margem para disputar mais um assento ou mudanças na aplicação dos votos, a menos que faça mais indicações até a data da AGE.

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