Agronegócio

'Temos que vender mais para os Estados Unidos', diz indicado à embaixada

Nestor Forster, indicado à embaixada brasileira nos EUA pelo presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Brasil precisa explorar mais o mercado de frutas

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Foto: Alan Santos/ Presidência da República

O indicado ao cargo de embaixador dos Estados Unidos, Nestor Forster, afirmou nesta quinta-feira, 13, durante sabatina ocorrida na Comissão de Relações Exteriores, que o Brasil precisa agir em cooperação com o país norte-americano.

“Brasil e Estados Unidos são as duas maiores potências agrícolas do planeta. Nós alimentamos mais de metade do planeta Terra. Nós temos uma série de áreas em que há uma concorrência natural. Os dois são grande produtores de grãos, grandes produtores de proteínas”, afirmou.

“O que a gente quer tentar imprimir, o que é um dos nossos desafios da embaiada é buscar junto aos americanos – obviamente movendo o setor privado, os atores todos que estão participando dessa discussão – é substituir a lógica da concorrência direta por uma lógica de cooperação, de trabalhar juntos.”

O diplomata de carreira, indicada pelo presidente Jair Bolsonaro, ressaltou que tem interesse de buscar novos acordos comerciais com os EUA. Para Forster, o Brasil ‘participa ainda de forma muito tímida do mercado agrícola americano’.

“Temos que vender mais para os americanos. Nós temos oportunidades grandes na área de frutas. Há uma predisposição natural no nordeste do Brasil, no norte do Brasil. Há uma demanda muito grande por frutas diferentes, exóticas. O Brasil tem as melhores frutas do mundo. Nós temos que entrar nesses nichos, disse Forster.

Indicação

Em outubro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro indicou Nestor Forster ao cargo de embaixador dos Estados Unidos. O anúncio aconteceu depois que o filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, desistiu do cargo em meio à crise política do Partido Social Liberal (PSL).

À época da indicação, Forster já atuava como encarregado de negócios na embaixada brasileira em Washington. Aprovado para o cargo de embaixador pelos senadores que participaram da sabatina na Comissão de Relações Exteriores, agora o nome do diplomata segue para o plenário do Senado.