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Arroba perde força no mercado interno e chega a R$ 245 em São Paulo

Segundo analista, o viés continua negativo para os preços da arroba nas principais regiões produtoras do país

Cinco bois comendo no pasto
Foto: Governo do Maranhão

O mercado físico de boi gordo seguiu operando com um viés negativo para os preços. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos continuam testando o mercado, com atuação discreta nas negociações, na busca por preços mais baixos. A oferta de animais terminados segue atendendo com certa tranquilidade a procura existente neste momento e as escalas estão confortáveis, com grande parte dos frigoríficos sinalizando entre 6 e 7 dias úteis e com alguns até mesmo apontando para uma posição fechada para o mês.

“Vale ressaltar que o quadro de custos e chuvas ocorridas em várias localidades do país dificulta a retenção do boi no pasto. Além disso, o atacado continua sem força para altas, completando o viés negativo para os preços do boi”, destaca o analista.

Em São Paulo os preços seguem sob pressão. Para animais destinados ao mercado chinês, a indicação de compra está na faixa entre R$ 250/253 à vista, com registro de negócios. Para animais destinados ao mercado doméstico indicação de compra a partir de R$ 245 à vista.

Em Minas Gerais os preços também seguem com viés negativo. Alguns frigoríficos estiveram fora da compra nesta terça-feira e podem abrir indicações mais baixas quando retornarem a mercado. Na região de Uberlândia, indicação de comprador posicionado a R$ 253 à vista.

Em Goiânia, indicação de comprador está posicionada em R$ 249 a prazo e em Palmeiras de Goiás o comprador está posicionado também em R$ 249 a prazo.

No Mato Grosso do Sul, os preços voltaram a ceder no decorrer da terça-feira. Em Campo Grande, indicação de comprador a R$ 244 a prazo. Em Dourados o preço da arroba ficou posicionado em R$ 245 a prazo. Em Cuiabá, no Mato Grosso, indicação de comprador em R$ 248 a prazo. Em Vila Rica, relatos de comprador posicionado a R$ 245 a prazo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços ficaram acomodados. Conforme Maia, o ambiente de negócios sugere pouca capacidade para reajustes, por conta da reposição aquém do esperado entre as cadeias. “Em linhas gerais, o consumidor final está saturado e não consegue absorver a alta da carne bovina, mantendo a preferência de consumo sobre a carne de frango. Outro ponto importante é a desaceleração dos números da exportação neste mês, possivelmente pelo menor ímpeto da China”, diz Maia.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 18,90 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,80 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 14,80 o quilo.