Pecuária

Bloqueio de rodovias afeta suinocultura de SC

Efeitos são pontuais no Paraná e no Rio Grande do Sul

Em Santa Catarina, a cadeia da suinocultura já sente forte impacto na logística da proteína para a terminação. Abates foram pausados e os estoques de ração estão diminuindo. No Rio Grande do Sul e no Paraná, os efeitos dos bloqueios de rodovias por caminhoneiros foram pontuais.

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De acordo com a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), os prejuízos começaram já nos primeiros dias de bloqueios. O número de containers diminuiu no porto de Itajaí (SC) e os abates em frigoríficos de pequeno e médio porte foram pausados, pois as interdições impediram a chegada de cargas vivas.

“Prejuízo já é imenso” — Losivânio Luiz de Lorenzi.

“No domingo começou a travar após as eleições e o pessoal que estava na estrada com cargas refrigeradas teve que parar”, diz o presidente da ACCS, Losivânio Luiz de Lorenzi. “Prejuízo já é imenso. Incalculável ainda o quanto as indústrias o setor como um todo da economia catarinense está perdendo.”

Suinocultura no Rio Grande do Sul e no Paraná

suínos, porco, suinocultura
Foto: Arnaldo Alves / ANPr

No Rio Grande do Sul, segundo informações da associação local de criadores de suínos, os impactos foram pontuais e o estado tem trabalhado no remanejamento de entrega de rações. “Conversei com produtores e com a própria indústria e o relato que eu tenho é que está tudo dentro da normalidade, com a alimentação sendo disponibilizada nas granjas”, declara Valdecer Folador, presidente da entidade.

No Paraná, o impacto também foi pontual. Entretanto, de acordo com o procurador da Associação Paranaense de Suinocultura (APS), César da Luz, o estado chegou no limite para começar a gerar problemas mais graves.

“Chegamos ao limite do stress para ter o impacto” — César da Luz

“Uma coisa é você ter um impacto efetivo e outra é você ter o risco eminente de impactar a produção, como em casos de animais que estavam no período de serem abatidos. Você iria transportar da granja até o abate, então, sim, há preocupação nesse sentido. Hoje, como nós trabalhamos com uma margem de abastecimento de cinco dias, eu diria que chegamos ao limite do stress para ter o impacto”, explicou Luz.

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