FRIGORÍFICOS

Desmatamento ilegal: bancos brasileiros adotam protocolo para combate na Amazônia e Maranhão

Sistema de rastreabilidade e monitoramento de cadeia produtiva de carne será implementado

As instituições financeiras no Brasil estão se comprometendo a promover a adoção de práticas sustentáveis pelos frigoríficos, visando combater o desmatamento ilegal nas regiões da Amazônia Legal e Maranhão. Essa decisão faz parte de uma normativa aprovada pelo conselho e divulgada nesta terça-feira (30) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Será disponibilizado um sistema de rastreabilidade da cadeia produtiva da carne, contendo informações cruciais como embargos, sobreposições de áreas protegidas, identificação de desmatamento ilegal e autorizações de supressão de vegetação, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades de origem dos animais.

Esses requisitos serão obrigatórios para os frigoríficos que buscam crédito junto às instituições financeiras.

Segundo a Febraban, até o momento, 21 bancos assinaram o acordo, incluindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Posicionamento da Abiec

Sobre o tema, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) afirma que apoia todas as iniciativas que aumentem os padrões de sustentabilidade em todos os elos da cadeia da pecuária brasileira.

Afirma ainda que, desde 2009, as indústrias do setor vêm implementando e aperfeiçoando seus sistemas de monitoramento de critérios socioambientais de seus fornecedores.

“Os frigoríficos são vistos por diferentes setores como um elo fundamental para que se imponha um ordenamento na cadeia produtiva da pecuária. Nós assumimos nossas responsabilidades, mas não aceitamos que outros setores terceirizem as suas responsabilidades para os frigoríficos”, diz a nota da entidade.

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