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Feriado impacta no mercado do boi gordo e preços sobem

Segundo analista, o feriado tende a quebrar o ritmo das negociações, acrescentando uma nova dificuldade na composição das escalas de abate

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quarta-feira. “O feriado de Corpus Christi tende a quebrar o ritmo das negociações, acrescentando uma nova dificuldade na composição das escalas de abate dos frigoríficos”, diz o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, muitas unidades frigoríficas operam com a programação apertada, avaliando o cenário de oferta tímida no decorrer da primeira semana de junho.

“O primeiro giro de confinamento apresentou retração em 2021, considerando a elevação dos custos pecuários, pensando no comportamento dos preços de reposição além da nutrição animal, com preços do milho e do farelo de soja em patamar bastante acentuado”, assinala Iglesias.

Em relação à demanda doméstica de carne bovina, é estimado um avanço mais consistente da atividade econômica ao longo do segundo semestre, considerando o avanço da vacinação como um fator preponderante para isso. As exportações permanecerão em bom nível, com a China ainda absorvendo importante volume de proteína animal brasileira.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 317 na modalidade à prazo, estável.  Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterada. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, ante R$ 302 na terça-feira. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 305, contra R$ 304. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 305 – R$ 306 a arroba, ante R$ 305.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, ainda é aguardada alguma alta das indicações no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da
reposição entre atacado e varejo.

“Importante mencionar que o consumidor brasileiro segue optando pelo consumo de proteínas mais acessíveis, algo perfeitamente compreensível em um ambiente pautado pela lenta recuperação da atividade econômica. Nesse caso, os cortes do dianteiro bovino e principalmente a carne de frango ganham destaque”, diz Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo, estável. O corte dianteiro teve preço de R$ 16,90 o quilo, assim como a ponta de agulha.