Pressão inflacionária deve impactar produção global de suínos, diz banco Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Pecuária

Pressão inflacionária deve impactar produção global de suínos, diz banco

A produção de suínos no Brasil está sendo afetada pelo estreitamento das margens, segundo o relatório do Rabobank

Em relatório com projeções para o segundo trimestre de 2022, o Rabobank indicou que a pressão inflacionaria deve renovar o foco da indústria de carne suína na eficiência, muito embora possa haver uma desaceleração no crescimento do setor.

Os retornos financeiros dos produtores serão desafiados pelo aumento dos custos – incluindo alimentação, energia, frete, saúde do rebanho e despesas trabalhistas. “Espera-se que o crescimento da produção desacelere, assim como o comércio global”, destaca o Rabobank.

leitão em granja de suíno
Suínos. Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA

O banco holandês acrescenta que permanece uma incerteza sobre como os consumidores responderão quando os custos mais altos forem repassados.

Os custos mais altos de alimentação e energia devem pressionar as margens dos produtores. Além disso, uma safra decepcionante na América do Sul e a incerteza na exportação de grãos do Mar Negro estão exacerbando uma oferta global de ração já apertada, aumentando os custos de ração em 20% no comparativo anual. “Os produtores se concentrarão em eficiências e limitarão o crescimento do rebanho, com declínios esperados em regiões com problemas financeiros, incluindo Reino Unido, Alemanha e Sudeste Asiático”, destaca.

A demanda por parte dos consumidores deve seguir mistas. “As vendas de carne suína continuam altas nos Estados Unidos e na Coreia do Sul, que emergiram das restrições da pandemia, enquanto as vendas ficaram para trás em países como China, Japão e México, que ainda estão lutando com restrições gastronômicas relacionadas a Covid-19 e com um crescimento econômico mais fraco.

O Rabobank espera que o alto custo da carne suína possa limitar a demanda no segundo semestre de 2022, apesar da melhora no consumo doméstico e das alternativas às proteínas de alto custo. “Espera-se que o comércio global de carne suína em 2022 diminua, impulsionado por tendências econômicas mais fracas e pela ampla oferta. As exportações mais lentas do primeiro semestre de 2022 provavelmente continuarão, já que os compradores permanecem cautelosos devido à incerteza econômica global e à carne suína de alto custo”, sinaliza o banco.

Segundo semestre de 2022

  • Avanço da colheita da safrinha no Brasil e o avanço do cultivo do cereal na China, União Europeia e Estados Unidos
  • Desenvolvimento de políticas que poderão impactar a disponibilidade de alimentos e/ou os mercados
  • Desenvolvimento da Covid-19 e de restrições que podem impactar os maiores países produtores e consumidores
  • Surtos de doenças animais, incluindo perdas adicionais com a peste suína africana
  • Resposta dos consumidores à carne suína de custo alto e o custo e a disponibilidade de proteínas concorrentes
  • Deslocamento da oferta e demanda como resultado da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Sair da versão mobile