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Rural Notícias

Santa Catarina entrega 1º Selo Arte para produtor de queijo serrano

Após a assinatura de portaria, produtores artesanais têm uma nova ferramenta para regular a produção e alcançar novos mercados para os produtos

O queijo serrano produzido pela família Zanelato de Bom Retiro, em Santa Catarina, é o primeiro produto do estado que recebe o selo arte e pode, agora, ser comercializado em todo o país. O rebanho é da raça gir e tem certificado como livre de brucelose e de tuberculose pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

“O queijo, hoje, ele é a principal fonte de renda para nós, pequenos produtores. O Selo Arte ou qualquer outro selo, ele nos dá a chance de ir para outros mercados porque ele é local. É do local ao global, agora com o Selo Arte. Essa nossa aspiração é antiga, de tirá-lo daqui, mas de uma forma legal, com legalidade , com saúde , com sanidade, com sustentabilidade porque, outros mercados, o que nos favorece, dá melhor qualidade de vida para nós, aumenta o mercado. É um produto que se torna conhecido”, disse o produtor rural Air de Agostinho Zanelato

Após a assinatura da portaria que regulamenta a produção artesanal de alimentos de origem animal em Santa Catarina, os produtores artesanais têm uma nova ferramenta para regular a produção e alcançar novos mercados para os produtos.

Queijo artesanal selo arte
Foto: Cidasc

“Eu considero um grande passo, na verdade, para que o pequeno produtor tenha um espaço em levar o seu produto. São produtos de alta qualidade, porém, ele não chegava a atingir as condições e, às vezes, a possibilidade comercial de poder trabalhar em outros lugares. O Selo Arte vem e permite que ele tendo uma inspeção, seja municipal ou estadual ou federal, ele está recebendo um certificado de que tem qualidade para produzir e comercializar no Brasil todo. Isso é um passo grande para que produtos, como o caso do queijo, sejam conhecidos no Brasil todo e abra um espaço para os nossos produtores, principalmente, os pequenos produtores, de produtos artesanais”, disse o secretário da Agricultura de Santa Catarina, Ricardo Gouvêa.

A Cidasc lançou também um manual de orientações para conseguir o Selo Arte, atendendo aos requisitos previstos nas normativas estaduais e federais. De acordo com o Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Cidasc, Jader Nones, a portaria do Selo Arte cita que vai ser competência do Departamento de Inspeção da Cidasc a realização dos procedimentos visando auditoria e a concessão do selo.

“O Selo Arte  permite o comércio no Brasil inteiro, em todas as unidades da federação. Uma vez concedido, permite agregar valor aos produtos de origem animal de pequenas e médias agroindústrias. Como vai ser feito esse procedimento aqui?  A Cidasc, uma vez que o produtor, a agroindústria requer o selo, vai realizar uma auditoria no local e vai verificar vários pontos, como  se aquela empresa ou produto atende aos requisitos necessários para a concessão do selo. O principal ponto é que tanto o produto, quanto o processo, precisam ser considerados artesanais. Para isso, o que a gente vai observar: primeiro ponto, a agroindústria, obrigatoriamente, ela precisa ter serviço de inspeção implantado, seja ele municipal, estadual ou federal. O outro ponto, muito importante, a matéria-prima tem que ser conhecida , ela tem que ser oriunda da própria propriedade ou de uma origem conhecida . Essa matéria-prima , lá no momento da produção,  o produtor tem que adotar boas práticas agropecuárias  e isso inclui uma série de requisitos que vão desde a segurança da sanidade dos animais, a nutrição adequada , manejo adequado, e boas práticas ambientais”, disse.

Foto: Cidasc

Segundo ele, outro ponto muito importante que a empresa tem que adotar são as boas práticas de fabricação. Também vai ser observado alguns outros pontos, como o produtor, a agroindústria tem que ter o domínio do processo produtivo. Os funcionários têm que conhecer todo o processo, desde o início, no momento do recebimento da matéria-prima até a saída do produto . “É preciso evitar o uso de aditivos e conservantes. O produto tem que ter uma característica especial que o define como artesanal. Importante quando o produtor protocolar seu pedido, ele busque, além das documentações necessárias, que estão no nosso site da Cidasc, buscar descrever a sua história, a história daquele produto, a história daquela família”, finalizou.

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