Vacinação contra a peste suína clássica começa dia 24 de maio em Alagoas

A ação faz parte do projeto Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica e conta com o apoio do Mapa e outras instituições

Com o objetivo de erradicar a Peste Suína Clássica (PSC), o estado de Alagoas dará início no dia 24 de maio, ao projeto piloto do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica, com a vacinação contra a doença.

Na última quinta-feira, 13, o Ministério da Agricultura (Mapa), em conjunto com outras instituições organizadoras, realizou um webinar de lançamento da “Campanha contra a Peste Suína Clássica em Alagoas”.

A ministra da Agricultura Tereza Cristina acredita que este é o início para colocar o Brasil, com estados livres e os não livres, na mesma página. “O Plano para erradicar a Peste Suína Clássica no Brasil vai beneficiar tanto as comunidades locais, que têm na criação de suínos uma alternativa de fonte alimentar e de renda, quanto a suinocultura industrial nacional que mantém sua competitividade no mercado internacional diretamente relacionada à qualidade e à confiança conferidas pelos controles sanitários”, destaca.

Também conhecida como febre suína, a PSC é uma doença viral, altamente contagiosa e que afeta somente suínos domésticos e asselvajados, não sendo transmissível a humanos. Os principais sintomas nos animais são febre alta, lesões avermelhadas na pele, conjuntivite, falta de apetite, fraqueza, diarreia e aborto.

Além de Alagoas, outros 10 estados brasileiros fazem parte da zona não livre  da doença, sendo eles Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

“Estamos buscando soluções para os estados onde ainda ocorrem focos de PSC no Brasil e, para isso, é muito importante continuarmos com essa união e parceria do governo federal, estados e iniciativa privada na sequência ao plano muito ambicioso que se estenderá para os demais estados da zona não livre”, afirma o secretário da Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal.

O avanço no controle e na erradicação da Peste Suína Clássicas nessas zonas possibilitará o fortalecimento das capacidades do Serviço Veterinário Oficial (SVO) em desenvolver outros programas sanitários e a vigilância das doenças animais, assim como de proteger a atual Zona Livre e as exportações brasileiras de produtos suínos.

Zonas Livres de Peste Suína Clássica no Brasil

As zonas livres de Peste Suína Clássica do Brasil são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a vacinação é proibida.

A zona livre concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundas da zona livre, que incorpora Rio Grande do SUl, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Tocantins, Rondônia e Acre. Todos os estados não registram ocorrência da doença desde janeiro de 1998.

Os limites entre as zonas livres e não livres de PSC são protegidos por barreiras naturais e postos de fiscalização, onde procedimentos de vigilância e mitigação de risco para evitar a introdução da doença são adotados continuamente.

Campanha de Vacinação

No lançamento da Campanha de Vacinação, foi apresentado o Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica e a importância para a suinocultura nacional. Também foram abordados os desafios do projeto piloto com a vacinação em Alagoas, assim como as perspectivas futuras com a replicação da campanha nos demais estados que compõem a zona não livre de PSC.

O projeto piloto será executado de forma compartilhada pelo Mapa, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e Zoetis Indústria de Produtos Veterinários.

Apoiam a iniciativa a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs), Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL), Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Animal (Fonesa), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) e Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).