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Vendas do boi gordo aquecem no mercado interno e preços mantêm patamar elevado

Novos reajustes podem levar a uma contundente mudança das estratégias de aquisição de boiadas, segundo analista da Safras

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Foto: Lorran Lima/Idaf

O mercado físico do boi gordo apresentou bom ritmo de negócios no decorrer desta terça-feira, 26. A tendência de curto prazo remete à firmeza dos preços, com menor espaço para reajustes.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos já operam com uma margem apertada, e novos reajustes podem levar a uma contundente mudança das estratégias de aquisição de boiadas, movimento similar ao evidenciado no último mês de novembro. “A oferta de animais de safra tende a ser mais consistente em meados de março. Até lá o mercado vai ter que lidar com restrição de oferta. A demanda doméstica ainda é um problema recorrente com o consumidor médio ainda encontrando dificuldades em absorver novos reajustes da carne bovina”, conclui.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 298/299, contra R$ 298 a arroba do dia anterior. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço estável de R$ 290. Em Dourados (MS), a arroba passou de R$ 289/290 para R$ 287. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 280, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, o valor ficou estável em R$ 295 a arroba.

Atacado

O atacado volta a apresentar acomodação em seus preços no decorrer da semana. De acordo com Iglesias, não há espaço para reajustes no curto prazo, em linha com a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. “Pode haver algum espaço para reajustes durante a virada de mês, avaliando a entrada dos salários na economia. As dificuldades macroeconômicas remetem a um maior consumo de carne de frango, proteína mais acessível se comparado às demais concorrentes”, afirma.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20,80, por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. Corte dianteiro também permanece cotado a R$ 15,50, por quilo.