Mercado e Cia

Café: por amor à lavoura, produtora assume negócios após a morte do marido

Rose do Valle, de Guaxupé (MG), não sabia nada sobre a produção do grão antes de se casar, mas se empenhou para virar o jogo

A produtora de café Rose do Valle, de Guaxupé (MG), não sabia nada sobre a cultura até casar com o marido, que era cafeicultor. “Fui vivendo aquilo e gostando. Virei produtora de café, e gosto muito”, diz.

A Dona Rosa, como é conhecida, nasceu em São Sebastião da Grama, interior de São Paulo. Em meados da década de 1950, a família se mudou para o município mineiro. Lá, ela trabalhava numa fábrica de produtos lácteos, e foi onde conheceu o agricultor José Carlos.

A produtora foi, por muitos anos, os olhos do marido, que sofria com cegueira. No fim dos anos 1990, José Carlos acabou falecendo. Mas, com ajuda dos filhos, ela assumiu os negócios. Hoje, com a sucessão familiar feita, são eles que cuidam da fazenda. “O Antonio Carlos é a parte financeira, e o João Paulo é lavoura, ele muito craque na lavoura e me dá uma mão lá”, conta.

Desde sempre, a dona Rosa foi atenciosa e conta que esta paixão é o que faz a lavoura de café produzir bem. “Tem que ter muito amor, cuidar bem, fazer adubação foliar”, diz.

dona rosa produtora de café
Foto: arquivo pessoal

A fazenda Santa Amélia possui 65% do processo do parque cafeeiro mecanizado. São 130 hectares de café com produção média – bianual – de 31 sacas por hectare. O café geralmente é depositado na Cooperativa dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), que se encarrega da exportação.