Mercado e Cia

Dólar em alta e demanda aquecida sustentam preços da soja

Consultoria INTL FCStone afirma que comercialização no Brasil já atingiu 60%, contra 40% no mesmo período do ano passado

O dólar abriu o pregão desta sexta-feira, 14, em queda, valendo R$ 4,32, depois de atingir mais um recorde histórico durante esta semana. Nesta quinta, 13, a moeda norte-americana chegou a R$ 4,38, mas fechou em R$ 4,33. Isso acontece porque o Banco Central agiu e colocou à venda cerca de 20 mil contratos equivalentes a US$ 1 bilhão.

A consultoria INTL FCStone avalia que as recentes altas do dólar e uma grande demanda pela soja brasileira continuam sustentando o preço do grão no mercado interno. Segundo o analista de mercado Jonas Pizzato, os produtores já possuem uma boa expectativa da safra.

“As últimas altas do dólar já vinham dando grandes oportunidades ao produtor e isso está influenciando o preço da soja, que neste momento está apresentando uma excelente cotação por conta de real desvalorizado e pela necessidade de embarques que estamos tendo nesse momento”, diz.

A empresa ressalta ainda que a comercialização da soja segue avançada, já que neste momento, cerca de 60% da safra foi vendida, contra 40% no mesmo período do ano passado.

Safra 2020/2021

Pizzato relata ainda que a disparada do dólar animou os produtores rurais a comercializar a safra 2020/2021. Segundo ele, os preços do grão estão sendo negociados entre R$ 75 a R$ 77 por safra em Mato Grosso do Sul.

“Quando você faz a conta nesse preço com um custo bom para a próxima safra, o agricultor começa a ter uma boa perspectiva”, diz.