Mercado e Cia

Entenda como a tensão entre EUA e Irã afeta o dólar, combustíveis e o agro

Mercados ainda repercutem ataque norte-americano que matou o general do Irã Qassem Soleimani; confira as projeções da MacroSector Consultores!

A tensão entre Estados Unidos e Irã mantém os mercados globais cautelosos neste início de semana. Isso porque na sexta-feira, 3, o presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou o ataque  com drone que matou o general do Irã Qassem Soleimani. Confira as projeções que o economista Fábio Silveira, da MacroSector Consultores, fez ao Canal Rural:

1- Commodities agrícolas

A expectativa é que nas próximas semanas, os preços das commodities agrícolas no mercado internacional fiquem mais baixos. “Temos um horizonte de perda de dinamismo da economia global por causa desses ataques dos Estados Unidos contra o líder iraniano”, comenta Fábio Silveira.

2-Dólar

Para o câmbio, a expectativa é de alta, o que já foi visto no pregão desta segunda-feira, 6. “Quando temos no mercado financeiro esse tipo de evento, há uma corrida para o dólar porque os investidores procuram uma moeda estrangeira para investir como refúgio. Com isso,  consequentemente o preço do dólar sobe”, explica ele.

Silveira comenta que essa valorização do dólar aumenta a competitividade das exportações brasileiras. No entanto, ressalta que o volume exportado pode não ser tão grande.

3-Combustíveis

Caso o conflito entre Estados Unidos e Irã se acirre ainda mais, há possibilidade, inclusive, de limitação da circulação de petróleo no mundo. Isso geraria preços mais altos no mercado internacional e também no Brasil.

“O preço dos combustíveis no Brasil tem cenário de elevação nas próximas semanas e meses. Já foi dito que a Petrobras não vai majorar os preços agora, mas se a tendência é de preços mais altos internacionalmente, devemos ter preços mais altos no Brasil”, afirma.

4-Ibovespa

O mercado de ações no Brasil, que vinha apresentando recordes, também deve ser prejudicado pelo aumento das tensões geopolíticas. A projeção da MacroSector Consultores é que o índice Bovespa não tenha uma recuperação tão forte nas próximas semanas.