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Mercado e Cia

Farelo de soja: tendência é de queda nos preços, diz Cepea

Segundo o centro de estudos, as cotações estão mais de 100% acima dos preços praticados no mesmo período do ano passado

Os preços do farelo de soja subiram 113% na parcial de janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

De acordo com o pesquisador do Cepea, Lucílio Alves, o mercado do derivado registrou um ótimo momento para os vendedores, sustentado pela demanda aquecida, que elevou os preços internacionais do farelo de soja, e pelo câmbio elevado, que tornou o produto brasileiro mais competitivo. “Isso dá sustentação nas paridades de exportação que se reflete no mercado interno”, diz Alves.

O pesquisador afirma que os problemas na Argentina, com greve nos portuários, também cooperou para direcionar o consumo para derivados do Brasil. Com isso, em 2020, o país exportou quase 17 milhões de toneladas, volume recorde.

Entenda os números

Na parcial de janeiro, os contratos futuros do farelo de soja na Bolsa de Chicago estão 51% mais altos do que no mesmo período do ano passado. Além disso, o dólar está 29% mais valorizado no mesmo comparativo.

“Também tivemos expansão dos preços por parte dos setores consumidores de soja, o mercado de carnes, especialmente aves e suínos, dando sustentação aos preços”, frisa Alves.

Segundo o pesquisador do Cepea, o farelo de soja subiu mais no Paraná do que em São Paulo e Santa Catarina. Alves diz que se dá a competição da indústria de proteína animal do Paraná com o mercado exportador.

O especialista diz que o Brasil registrou os prêmios mais altos da história, chegando a US$ 32 sobre o valor praticado em Chicago, em alguns portos.

Tendência para o farelo de soja

O pesquisador do Cepea afirma que, olhando para os contratos futuros, a tendência é de queda para o farelo de soja. Enquanto a tonelada foi vendida por US$ 530 em janeiro, os negócios para os próximos meses estão na casa de US$ 470 por tonelada.

Alves diz que o recuo se dá com a perspectiva de uma oferta maior de soja, com a entrada da colheita. Consequentemente, isso é repassado para o farelo. “Mas de qualquer maneira, a taxa de câmbio terá grande importância na transmissão [dessa queda] para os preços”, diz.

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