A Organização Mundial da Saúde Animal deve reconhecer nesta quinta-feira, 27, o Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, partes do Amazonas e Mato Grosso como áreas livres de aftosa sem vacinação. O anúncio oficial deve ser realizado durante a Assembleia Geral da OIE. Com o reconhecimento, o Brasil avança no Plano nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.
Enquanto o país espera a oficialização, Santa Catarina comemorou nesta terça, 14 anos do reconhecimento internacional como área livre da doença sem vacinação, status sanitário fundamental para que o estado se tornasse o maior produtor e exportador de carne suína do país.
Para Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), o status possibilitou abertura de novos mercados e adequação de normas internacionais, até mesmo dos países mais exigentes em compra de mercadorias.
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Bons frutos
Em 2006, um ano antes da certificação internacional, Santa Catarina exportava 184 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 310 milhões. Em 2020, esse número saltou para 523,4 mil toneladas e trouxe US$ 1,17 bilhão para o estado, um aumento de 184,4% na quantidade e 277,4% na arrecadação.
O cenário é o mesmo para a carne de frango, que se tornou o primeiro produto das exportações catarinenses, faturando mais de US$ 1,5 bilhão em 2020, com 965 mil toneladas embarcadas. Com o reconhecimento da OIE, Santa Catarina teve acesso a grandes compradores de carnes como China, Hong Kong, Estados Unidos e Coreia do Sul.