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Alta dos combustíveis: ‘Redução de ICMS dificilmente acontecerá’

Especialista considera a ideia do presidente Jair Bolsonaro uma boa alternativa, porém não acredita que os estados vão abrir mão do imposto

Na semana passada, após o preço do petróleo Brent saltar quase 4% pelo acirramento das tensões entre Estados Unidos e Irã, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a alta poderia ser compensada pela diminuição nas alíquotas do ICMS por parte dos estados. Nesta terça-feira, 7, ele reforçou a tese.

De acordo com o CEO da G7Agro Consultoria, João Oswaldo Baggio, seria uma boa alternativa, mas dificilmente acontecerá. “O ICMS cobrado sobre combustíveis é receita para os estados. Em alguns, representa de 18% a 30% na composição final”, diz.

Baggio afirma que é preciso acompanhar a crise EUA-Irã para saber se será passageira ou se vai se perpetuar e realmente impactar o mercado de petróleo no mundo. “Acho que é muito mais fogo de palha do que o aumento substancial no barril”.

Mas caso o petróleo fique realmente mais caro, o agronegócio pode sofrer com custos de produção mais caros para exportar, principalmente pelo modal marítimo. “E também na logística local, porque mexe com o diesel”, acrescenta.