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Carne bovina: Rússia tem grande poder de consumo, diz Benedito Rosa

Durante conversa com Vladimir Putin, Bolsonaro pediu ampliação e aprovação de frigoríficos brasileiros

O presidente Jair Bolsonaro conversou nesta terça-feira, 6, por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Durante a ligação, foi conversado sobre a aquisição e fabricação da vacina sputnik no Brasil, o comércio entre os dois países e a cooperação na indústria de defesa. Bolsonaro também pediu que o governo russo amplie a aprovação de frigoríficos para que seja possível aumentar o volume de exportação de carne brasileira.

Em 2020, o Brasil registrou recorde nas exportações de carne bovina, in natura e processada, com uma receita de U$ 8 bilhões e 400 milhões. Em primeiro lugar no ranking está a China com 1,152 milhão de toneladas importadas e, em segundo, o Egito com 127,953 mil toneladas. A Rússia encontra- se em 5° lugar importando 58,849 mil toneladas.

De acordo com o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa, o mercado russo de carnes é muito especial. “O governo tem um programa que visa manter a produção interna de aves e suínos, mas para a carne bovina, não há essa proteção porque não há área suficiente para abastecer o mercado interno”, explica.

Segundo Rosa, para aumentar as exportações de carne, é preciso tomar algumas medidas. Entre elas, uma ação diplomática de alto patente para apoiar as empresas de frigoríficos com partes na Rússia.

“Também é necessário fazer o dever de casa. Em 2017, o governo russo suspendeu as importações de carne suína e bovina alegando a presença de um hormônio que aumenta a massa muscular e, por causa disso, perdemos um ano de exportações. A Rússia tem interesse em exportar alguns produtos agrícolas, em especial o fertilizante, então seria uma parceria interessante”, pontua.

“A Rússia tem potencial econômico agora e para o futuro, além de um grande poder de consumo. É preciso dar sequência a esses contatos russos”, completa.