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Cepea: ‘Exportações devem se aquecer e enxugar oferta interna de milho’

Mesmo durante a colheita da segunda safra do cereal, os preços se mantêm firmes no Brasil graças às demandas interna e externa aquecidas

Os preços do milho seguem em alta no Brasil, mesmo com a colheita da segunda safra avançando em parte do país. As cotações têm se sustentado graças à retração do produtor, que está evitando negociar grandes lotes.

O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra valorização de 30% na saca em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o pesquisador André Sanches, o setor de proteína animal vem demandando muito grão, o que mantém a demanda interna aquecida.

Além disso, os preços competitivos no mercado internacional, com o dólar valorizado, também colaboram para o cenário de firmeza. “Nas regiões dos portos, temos preços na casa de R$ 50”, diz.

O pesquisador afirma que o produtor deve ficar de olho na paridade e no câmbio, que são fundamentais para determinar os preços de exportação. “Daqui para frente, tem tudo para o ritmo de exportação se aquecer e reduzir disponibilidade interna”, finaliza.