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Empresas e entidades pedem atenção do governo à imagem ambiental do Brasil

Segundo Benedito Rosa, governo precisa praticar diálogo e apontar responsáveis pelo desmatamento

Cerca de quarenta companhias e grupos empresariais dos setores industrial, agrícola e de serviços, protocolaram nesta segunda-feira, 6, na Vice-Presidência da República e no Conselho Nacional da Amazônia Legal, um comunicado pedindo rigor na agenda do desenvolvimento sustentável e combate ao desmatamento ilegal na Amazônia.

A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove) estão entre as entidades que assinaram o comunicado que deve ser protocolado também no Supremo Tribunal Federal, o Senado, Câmara dos Deputados e Procuradoria-Geral da República.

A carta tem como principal objetivo destacar preocupação com o impacto da percepção negativa da imagem do Brasil no exterior em relação às questões socioambientais na Amazônia, além de apontar ações para melhorar a impressão dos investidores internacionais sobre os cuidados tomados com o meio ambiente no país. Na próxima quinta-feira, integrantes do governo devem se reunir com investidores internacionais para discutir a agenda ambiental do país e tranquilizar a comunidade internacional sobre as ações do combate e danos ambientais.

Entretanto, para o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa, atitude das empresas não impressionam. De acordo com ele, é necessário uma ação complexa, coordenada e com planos de curto a médio prazo por parte do governo.

Segundo ele, o primeiro passo para melhorar a imagem do Brasil foi a criação da do conselho Nacional da Amazônia, demonstrando o envolvimento todo do governo. Mas ainda faltam atitudes concretas programadas, analisa. “Acho que o governo tem um longo caminho, mas as ações de curto prazo são importantes e também um cronograma de relacionamento com empresas, com governos do exterior e entidades internacionais para que a imagem do país possa melhorar e tranquilizar acionistas da Europa que investem em empresas que atuam no Brasil”, finaliza.