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Lideranças do agronegócio repercutem números do Plano Safra

Parte do setor diz que os valores e taxas de juros anunciados ficaram aquém das necessidades do setor produtivo

O governo lançou nesta quarta-feira, 17, o Plano Safra 2020/2021. Este ano, o crédito rural terá um papel fundamental no apoio ao setor, já que o mundo passa por uma pandemia. Lideranças do agronegócio consultadas pelo Canal Rural avaliaram os números divulgados. Confira:

A diretora-executiva da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Daniella Soares, afirma que o Ministério da Agricultura cumpriu a promessa feita ao setor, aumentando em 6,1% o volumes de recursos, que chegaram a 236,3 bilhões, e reduzindo as taxas de juros de todos os programas. “Claro que esperamos cada vez mais recursos e menos juros, mas tivemos um grande avanço neste Plano Safra”, comenta.

Já Marcos da Rosa, vice-presidentes da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, destacou dois pontos negativos: os juros mais altos do que a taxa básica Selic, que está em 2,25% ao ano e o montante destinado ao custeio, que mesmo somando ao que sobrou da safra 2019/2020, atinge apenas 30% da necessidade da agricultura brasileira.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz, afirma que há pontos positivos como o aumento na subvenção ao seguro rural, porém, não é o que o setor esperava. “Mas é o que temos para hoje”, diz.

O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, pede ao governo menos burocracia para que o dinheiro chegue ao produtor no momento em que ele precisa.