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Plano Safra: entenda por que juros não ficam iguais à Selic

O comentarista Benedito Rosa explica como os custos das operações bancárias e de cartório impactam na composição da taxa de juros para o produtor rural

O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, destacou a importância do combate à base casada de produtos bancários atrelados à concessão de crédito rural. “É a primeira vez que o governo se posiciona proativamente contra essa prática ilegal. Esses custos, somados a taxa básica do crédito rural, torna a taxa quase três vezes o valor original e há distorção da política pública”, afirma.

A declaração foi dada durante anúncio do Plano Safra 2020/2021. Na visão do comentarista Benedito Rosa, são práticas como essas e os custos elevados de tarifas e taxas de cartório que fazem como que os juros do Plano Safra não caiam na mesma proporção da Selic, por exemplo.

“Os bancos alegam que o risco da operação é alto, os cartórios alegam que estão cumprindo a legislação, e atualmente cobram alto pelos registros das garantias. Por esse motivo, a redução da taxa de juros, apesar de ter sido razoável, não é tão significativa como a taxa básica”, falou.