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Rio Grande do Sul bate recorde ao embarcar 25 mil cabeças de gado em navio

Tudo ocorreu no maior navio do mundo para embarque de animais vivos, que possui 201 metros de comprimento por 32 de largura e capacidade para 30 mil bois

O embarque de animais vivos bateu recorde no Rio Grande do Sul neste mês de setembro. Ao todo, 25 mil cabeças de gado foram despachadas em um mesmo navio., conforme informou a fiscalização agropecuária ligada ao Ministério da Agricultura. Mesmo com  embarque já foi encerrado, o navio segue atracado aguardando o final da certificação.

Tudo ocorreu no maior navio do mundo para embarque de animais vivos, que possui 201 metros de comprimento por 32 de largura e capacidade para 30 mil bois. “O agronegócio do Rio Grande do Sul vem dando sinais permanentes de crescimento, de qualidade, de interesse internacional “, disse o superintendente dos portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima.

Auditores fiscais acompanharam de perto o ingresso dos animais, as condições do navio, além da documentação exigida. “O nosso maior foco, durante este embarque, é o bem-estar animal. Estamos fazendo toda a operação com o maior cuidado para que os animais tenham o menor estresse possível “, disse a auditora agropecuárias Mariza Moreira dos Santos.

Embarque gado vivo rs
Foto: Divulgação

Atualmente, cerca de 86% da exportação brasileira de animais vivos partem em destino ao Oriente Médio. Neste caso específico, os compradores são da Turquia e do Líbano.

No planeta, o Brasil é o segundo maior exportador de bovinos vivos via transporte marítimo, perdendo apenas para a Austrália. No primeiro semestre de 2020, nós exportamos pouco mais de 146 mil cabeças de gado, uma queda de 47% em comparação ao mesmo período do ano passado, mostrando mais uma vez o impacto da pandemia e crise econômica nos países do oriente médio.

Embarque gado vivo rs
Foto: Divulgação

Por causa disso, apesar desse embarque recorde, especialistas não acreditam em uma recuperação expressiva até o fim do ano. “Em agosto, a exportação caiu 65%. Em função disso, a expectativa nesse segundo semestre é que o desempenho das exportações de bovinos vivos continue pior do que o ano passado, pois não há nada no horizonte que possa reverter o quadro econômico vigente, salientou o analista da Scot Consultoria, Alcides Torres.

Como alento, os vendedores contam com a ajuda da cotação do dólar. “”o ano de 2020 ainda será pautado por um câmbio desvalorizado o que fomenta os embarques brasileiros e principalmente do setor carne em 2020”, concluiu o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias.