Rural Notícias

Setor de suínos alerta para restrições da China nos frigoríficos do RS

Preocupação é de que as exigências que estão sendo feitas pelo governo Chinês possam gerar algum tipo de embargo à carne suína Brasileira

Em nota enviada ao Canal Rural na tarde desta segunda-feira, 29, o Ministério da Agricultura confirmou que três frigoríficos brasileiros tiveram as habilitações para exportação suspensas temporariamente pela China. A Administração-Geral das Aduanas da China (GACC, em inglês) não apresentou justificativas formais para os embargos. Porém, preocupado com novos surtos de Covid-19 identificados próximos à Pequim, nas últimas semanas o governo chinês tem descredenciado as licenças para exportação de indústrias de alimentos de diferentes países, como Alemanha e Reino Unido.

A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul alerta para a possibilidade das restrições da China chegarem aos frigoríficos de suínos. Segundo o presidente da entidade, Valdecir Folador, o momento é de preocupação. “A cadeia produtiva já acendeu o sinal de alerta quando a China emitiu uma nota há duas semanas exigindo das empresas importadoras dos frigoríficos um termo de responsabilidade de que não haveria qualquer contaminação. Nós estamos fazendo tudo o que tem que ser feito e a indústria está muito empenhada, com todo o cuidado, mas ainda temos que ficar dando explicações para a China sobre um vírus que é de origem chinesa”, comentou.

Apesar das cobranças dos asiáticos, Folador disse acreditar na cadeia produtiva brasileira e na capacidade de se adequar às exigências do mercado. “Nós temos todos os cuidados e acredito que está muito bem preservada a produção e da industrialização da nossa proteína animal como um todo. Eu u acredito que o Ministério da Agricultura, no entanto, tem que se posicionar fortemente sobre isso, sentar com os importadores e governo chinês, deixando tudo bem claro, mostrar as medidas que estamos tomando no Brasil, para que a gente não venha a ter um problema de embargo, que seria uma catástrofe para indústria e para o produtor, pois o que está nos salvando nesse momento é o mercado de exportação”, finalizou.