A procura pela carne de rãs está em alta em algumas mercados do país. O maior criador do Rio Grande do Sul, Jorge Zimmer, relata que vende com facilidade toda a carne do animal que produz. Também afirma que o volume de comercialização de rãs tem crescido a uma taxa de 30% ao ano.
Confira as principais dicas de criação do produtor gaúcho e do biólogo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Pesca de Imbé (RS), Pedro Terra Leite:
1. As rãs precisam ser mantidas em ambiente com água limpa e devem sempre receber ração nova. Não misture rãs de idades e tamanhos diferentes, pois pode haver canibalismo.
2. A espécie mais indicada para a criação em cativeiro é a rã-touro. A primeira etapa da criação ocorre no matrizeiro, onde ocorre o acasalamento.
3. Na desova, cada fêmea produz de 5 mil a 15 mil girinos. O processo inicial de desenvolvimento do bicho leva seis meses.
4. A fase seguinte da criação é feita nos tanques de engorda, onde as rãs ficam por quatro meses, quando são abatidas.
5. O ambiente da criação precisa ser protegido contra predadores, como pássaros e cobras, por exemplo. O local também precisa ser tranquilo, sem a movimentação de muitas pessoas. Se as rãs ficam estressadas, elas param de se alimentar.
6. O quilo da carne de rã custa em média R$ 55, dependendo do local do país. Como regra geral, o valor acompanha o preço do salmão e do camarão.