Saiba quais são os impactos da oscilação do dólar no mercado pecuário

A perspectiva de dólar menos valorizado é boa para aves e suínos porque a alta da moeda impacta o custo de produção

Fonte: Fabiano Bastos/ Embrapa Cerrados

Após o dólar chegar R$ 3,20 em setembro, a cotação da moeda foi ajustada e fechou esta sexta-feira, dia 29, em R$ 3,16. Essa valorização ao longo do último mês acabou deixando o mercado em alerta e especialistas avaliam qual a melhor alternativa para os pecuaristas brasileiros.

De acordo com o analista de mercado César de Castro Alves, existem dois cenários nesta variação da moeda norte-americana. “Para o produtor, o ideal sempre é o dólar mais alto, pois as exportações dariam mais rentabilidade para a indústria e ela poderia pagar um pouco mais no boi. No entanto, a demanda está extremamente forte e o Brasil está muito competitivo em termos de preço de boi”, disse.

A expectativa do mercado é que a moeda mantenha o patamar atual no curto prazo. O último boletim Focus, que é um relatório de mercado do Banco Central, traz a projeção de dólar a R$ 3,16 para o fim do ano. “Tirando esta oscilação de curto prazo, a gente imagina que as condições favoráveis que têm feito o real se fortalecer frente ao dólar vão continuar válidas até o final do ano. Eu imagino uma cotação próxima desses patamares que a gente viu recentemente, entre R$ 3,15 e R$ 3,20, com um viés de baixa por conta deste ambiente favorável lá fora e este otimismo que a gente está vendo crescente aqui no mercado doméstico”, avaliou o economista Celso de Campos Toledo.

A perspectiva de dólar menos valorizado é boa para aves e suínos porque a alta da moeda impacta o custo de produção. “ Para as criações de aves e suínos, que são bastante intensivas em grãos, este cenário é bom porque o grão fica mais barato e alivia o custo de produção”, falou Toledo.