Internacional

Brasil deve ajudar a aquecer mercado global de fertilizantes em 2023

É o que projeta Jeferson Souza, analista da Agrinvest; segundo ele, retornar ao patamar de 2021, antes da guerra entre Ucrânia e Rússia, é algo possível

Os produtores rurais brasileiros deverão ajudar a aquecer o mercado mundial de fertilizantes no decorrer do próximo ano ano, acredita o analista Jeferson Souza, da Agrinvest Commodities. Para ele, retornar ao patamar de 2021, antes da guerra entre Ucrânia e Rússia, é algo possível.

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“No ano de 2023, ele [produtor rural brasileiro] voltará a comprar com mais força, até mesmo recuperando a demanda que tínhamos lá em 2021”, disse Souza ao ser entrevistado pela jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva durante a edição desta segunda-feira (12) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.

Com base em dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o especialista acredita que 2022 será responsável por uma queda de 9,3% a 9,8% no quesito importação de fertilizantes pelo Brasil. Isso, contudo, será um recorte isolado. De acordo com Souza, o mercado de importações crescerá na sequência. “Em 2023, ela deve se recuperar. E em 2014 deve atingir um novo recorde, ao que tudo indica”, afirmou.

Fertilizantes: Rússia X Europa

fertilizantes - canadá
Foto: Freepik

De acordo com a agência de notícias Reuters, o presidente da Rússia, Vladimir Putin afirmou que cargas de fertilizantes do país, que é o maior exportador mundial desses produtos, estão presas em portos da Europa. Situação que ocorre em meio a discussões para a suspensão de ações contra insumos e produtos agrícolas. Para Jeferson Souza, os impactos dessa briga recairá justamente sobre a Rússia — que não consegue arrecadar — e para os europeus, que ficam com acesso dificultado às matérias-primas.

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